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DOENÇAS INFECCIOSAS NO CONTEXTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DA VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Larissa Vieira Zezzo, Priscila Pereira Coltri, Marina Jorge de Miranda, Jurandir Zullo Júnior

Resumo


Os estudos associando as mudanças climáticas e a saúde foram definidos como um campo de pesquisa oficial e de atuação nos anos 90, e, desde então, eles vêm aumentando significativamente, assim como a consciência sobre a influência da variabilidade climática e dos eventos extremos no surgimento de doenças infecciosas. Nesse sentido, diversos trabalhos vêm pontuando como perturbações nas condições ecológicas e climáticas podem impactar de modo potencial a saúde humana, ressaltando, ainda, que questões de cunho social, como localização geográfica, demografia e características nutricionais da população, estão relacionadas a surtos de doenças em todo o mundo. Com isso, este estudo teve o objetivo de analisar as doenças infecciosas relatadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como epidêmicas ou pandêmicas, demonstrando a relação dessas com as alterações climáticas e ambientais, destacando ainda a questão da vulnerabilidade socioambiental. O trabalho demonstra que há um padrão quanto ao surgimento de doenças infecciosas que indica o vínculo delas com a pressão das mudanças climáticas e ambientais sobre o meio, especialmente em regiões mais vulneráveis da Ásia e da África. Sugeriu-se, nesse contexto, medidas de adaptação ao clima para diminuir a pressão sobre os recursos naturais, atenuar os riscos ambientais e, consequentemente, os impactos econômicos, sociais e à saúde. Dessa forma, esse trabalho contribui ao campo de pesquisa de saúde e mudanças climáticas, ao pontuar os fatores ambientais, climáticos e, até mesmo, sociais, relacionados ao surgimento de algumas das doenças que foram, ou são, epidêmicas ou pandêmicas, e, a partir dos quais, é possível desenvolver medidas de mitigação e adaptação a serem implementadas em contexto local, especialmente em regiões mais vulneráveis social e ambientalmente.


Palavras-chave


Mudanças Climáticas; Doenças infecciosas; Vulnerabilidade

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rbclima.v28i0.75500