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O presente artigo é resultado de uma pesquisa qualitativa de campo que teve como objetivo investigar, de forma etnográfica, os processos de subjetivação e produção de saúde em pessoas transexuais do município de Natal/RN, além de sua inserção no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), à luz do referencial teórico da esquizoanálise de Deleuze e Guattari (1995). Através de entrevistas semiestruturadas realizadas com seis sujeitos autodenominados travestis e/ou transexuais, foi possível analisar os processos de subjetivação em produção de saúde, problematizando os diversos atravessamentos institucionais na relação com os dispositivos família, educação, mercado de trabalho e grupos sociais, além de investigar os modos de inserção dos sujeitos transexuais no contexto do Sistema Único de Saúde. Com isso, a pesquisa permitiu efetuar um mapeamento da dinâmica dos processos de subjetivação e produção de saúde de travestis e transexuais, apontando para a ineficácia das diretrizes básicas do SUS no diz que respeito a esses sujeitos.