Arq. Bras. Cardiol. 2021; 117(4): 782-844

Atualização da Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar – 2021

Maria Cristina de Oliveira Izar ORCID logo , Viviane Zorzanelli Rocha Giraldez ORCID logo , Adriana Bertolami ORCID logo , Raul Dias dos Santos Filho ORCID logo , Ana Maria Lottenberg ORCID logo , Marcelo Heitor Vieira Assad ORCID logo , José Francisco Kerr Saraiva ORCID logo , Ana Paula M. Chacra ORCID logo , Tania L. R. Martinez ORCID logo , Luciana Ribeiro Bahia ORCID logo , Francisco Antonio Helfenstein Fonseca ORCID logo , Andre Arpad Faludi, Andrei C. Sposito ORCID logo , Antônio Carlos Palandri Chagas, Cinthia Elim Jannes, Cristiane Kovacs Amaral, Daniel Branco de Araújo ORCID logo , Dennys Esper Cintra ORCID logo , Elaine dos Reis Coutinho ORCID logo , Fernando Cesena ORCID logo , Hermes Toros Xavier, Isabela Cardoso Pimentel Mota ORCID logo , Isabela de Carlos Back Giuliano ORCID logo , José Rocha Faria Neto ORCID logo , Juliana Tieko Kato ORCID logo , Marcelo Chiara Bertolami ORCID logo , Marcio Hiroshi Miname, Maria Helane Costa Gurgel Castelo ORCID logo , Maria Sílvia Ferrari Lavrador, Roberta Marcondes Machado, Patrícia Guedes de Souza, Renato Jorge Alves, Valeria Arruda Machado, Wilson Salgado Filho

DOI: 10.36660/abc.20210788

Introdução

A hipercolesterolemia familiar (HF) é uma causa genética comum de doença coronariana prematura, especialmente de infarto do miocárdio, devido à exposição ao longo da vida a concentrações elevadas de colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c). Caracteriza-se por ser uma forma grave de dislipidemia de base genética, em que aproximadamente 85% dos homens e 50% das mulheres podem ter um evento coronariano antes de completar os 65 anos de idade, se não tratados adequadamente.

A HF é considerada um problema de saúde pública, devido à sua alta prevalência (em torno de 1:200 a 1:300 indivíduos da população geral) e à sua associação com doença arterial coronariana (DAC) precoce, com redução da expectativa de vida observada em várias famílias. Além disso, cerca de 200.000 pessoas no mundo vão a óbito a cada ano por ataques cardíacos precoces devido à doença, os quais poderiam ser evitados com tratamentos apropriados. Se a HF não for tratada, homens e mulheres com a forma heterozigótica desenvolverão DAC antes dos 55 e 60 anos, respectivamente. Já os homozigotos comumente desenvolvem DAC muito cedo na vida e, se não tratados, podem morrer antes dos 20 anos de idade. No entanto, quando o diagnóstico é feito e o tratamento é instituído, pode-se modificar a história natural da doença aterosclerótica.

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Atualização da Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar – 2021

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