Diagnóstico hidrogeológico da região de Aramari e Ouriçangas-Bahia

Publicado
2015-05-04
Palavras-chave: Hydrogeology. Flow. Barium. Aramari. Ouriçangas. Hidrogeologia. Vazão. Bário. Aramarí. Ouriçangas.

    Autores

  • Sérgio Nascimento UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
  • Cora Alves Sales UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
  • Ramille Pinto Raimundo

Resumo

Aspectos hidrogeológicos e hidroquímicos da água subterrânea nos municípios de Aramarí e Ouriçangas foram estudados, com o objetivo de avaliar o potencial de produção de água de poços tubulares da região, relacionando-os com as principais formações sedimentares presentes na área, além de obter informações sobre a sua tipologia e qualidade. Os dados hidrogeológicos possibilitaram definir a direção NE-SW do fluxo de água subterrânea. Foram estabelecidos os limiares estatísticos das vazões, determinando os melhores poços da área e sua ligação com as formações Barreiras, Marizal, São Sebastião, Candeias/Sergi e o Grupo Ilhas Indiviso. Em relação à qualidade, deu-se ênfase principalmente a presença de bário, componente do mineral barita, que ocorre como cimento em lentes de arenitos da Formação Marizal percolados pela água subterrânea na região, e que pode causar graves danos à saúde humana. Foi utilizado o diagrama triangular de Piper para estabelecer a classificação dessas águas, revelando-se essencialmente de natureza cloretada sódica em onze poços estudados. São em geral águas de boa qualidade, com exceção de algumas com alta salinidade e que têm influências da formação Candeias/Sergi. Nitrato, potássio, bário, chumbo e alumínio excederam o valor máximo aceitável para consumo humano em algumas amostras, sendo os dois primeiros oriundos provavelmente de contaminação antrópica enquanto o bário, chumbo e alumínio estariam associados a contaminação geogênica.

Como Citar
Nascimento, S., Sales, C. A., & Raimundo, R. P. (2015). Diagnóstico hidrogeológico da região de Aramari e Ouriçangas-Bahia. Águas Subterrâneas, 29(2), 146–161. https://doi.org/10.14295/ras.v29i2.27975