CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2022; 57(05): 821-827
DOI: 10.1055/s-0042-1756215
Artigo Original
Coluna

Correlação entre posicionamento do cage e lordose lombar em fusão transforaminal minimamente invasiva (TLIF)

Article in several languages: português | English
1   Grupo de Cirurgia da Coluna, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário Cajuru, Curitiba, PR, Brasil
,
1   Grupo de Cirurgia da Coluna, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário Cajuru, Curitiba, PR, Brasil
,
2   Grupo de Cirurgia da Coluna, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Angeles Valle Oriente, Monterrey, Nuevo León, México
,
3   Unidad de Patología Espinal, Hospital Español de Mendoza, Mendoza, Argentina
,
1   Grupo de Cirurgia da Coluna, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário Cajuru, Curitiba, PR, Brasil
,
1   Grupo de Cirurgia da Coluna, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Universitário Cajuru, Curitiba, PR, Brasil
› Author Affiliations

Resumo

Objetivo Avaliar os resultados radiográficos e comparar a lordose pós-operatória em técnica de artrodese intersomática lombar transforaminal (TLIF, na sigla em inglês), considerando como variável o posicionamento do dispositivo intersomático (cage) em relação ao espaço discal.

Métodos Análise retrospectiva radiográfica de pacientes cirúrgicos, em nível único, por doença lombar degenerativa, aplicando-se TLIF e instrumentação pedicular posterior. Os pacientes foram divididos, conforme a posição do cage, em 2 grupos: 1. TLIF-A – cages na posição anterior do espaço discal; e 2. TLIF-P, cages na posição posterior do espaço discal (considerando-se o platô vertebral superior da vértebra inferior incluída na instrumentação, cages que ocuparam a superfície correspondente a 50% anterior da linha média, compuseram o grupo TLIF-A; opostamente, cages em posicionamento posterior compuseram o grupo TLIF-P). Procedeu-se à avaliação dos exames radiográficos ortostáticos em perfil no pré- e pós-operatórios, com a tomada das seguintes medidas: lordose lombar (LL) (ângulo L1–S1); lordose segmentar (LS) (L4–S1) e lordose segmentar do cage (LSC).

Resultados Cem pacientes foram incluídos de 2011 a 2018, sendo 44 homens e 46 mulheres, com idade média de 50.5 anos (27–76 anos). Um total de 43 cages foram classificados como “anteriores” (TLIF-A) e 57, “posteriores” (TLIF-P); considerando o grupo TLIF- A, os resultados pós-operatórios médios foram: LL 50.7°, LS 34.9° e LSC 21.6°; para o grupo TLIF-P, comparativamente: LL 42.3° (p < 0,01), LS 30.7° (p < 0,05) e LSC 18.8° (p > 0,05).

Conclusão: O posicionamento anterior do cage em relação ao espaço discal correlaciona-se a melhora da lordose lombar e segmentar na radiografia em comparação com o posicionamento posterior do implante.

Suporte Financeiro

O presente estudo não recebeu suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.


* Trabalho desenvolvido no Grupo de Cirurgia da Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário Cajuru, Curitiba, Brasil.




Publication History

Received: 07 November 2021

Accepted: 27 June 2022

Article published online:
10 October 2022

© 2022. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil

 
  • Referências

  • 1 Jalalpour K, Neumann P, Johansson C, Hedlund R. A Randomized Controlled Trial Comparing Transforaminal Lumbar Interbody Fusion and Uninstrumented Posterolateral Fusion in the Degenerative Lumbar Spine. Global Spine J 2015; 5 (04) 322-328
  • 2 Vialle EN, Vialle LRG, Gusmão MS. et al. Discectomia lombar transforaminal: estudo quantitativo em cadáveres. Coluna/Columna 2009; 8 (02) 134-138
  • 3 Vialle E, Schleifer D, Carneiro A, Colina O, Vialle LR. Changes in radiographic parameters after minimally invasive lumbar interbody fusion. Coluna/Columna 2015; 14 (04) 265-267
  • 4 Polly Jr DW, Klemme WR, Cunningham BW, Burnette JB, Haggerty CJ, Oda I. The biomechanical significance of anterior column support in a simulated single-level spinal fusion. J Spinal Disord 2000; 13 (01) 58-62
  • 5 Tallarico RA, Lavelle WF, J Bianco A, Taormina JL, Ordway NR. Positional effects of transforaminal interbody spacer placement at the L5-S1 intervertebral disc space: a biomechanical study. Spine J 2014; 14 (12) 3018-3024
  • 6 Shunwu F, Xing Z, Fengdong Z, Xiangqian F. Minimally invasive transforaminal lumbar interbody fusion for the treatment of degenerative lumbar diseases. Spine 2010; 35 (17) 1615-1620
  • 7 Lee JC, Jang HD, Shin BJ. Learning curve and clinical outcomes of minimally invasive transforaminal lumbar interbody fusion: our experience in 86 consecutive cases. Spine 2012; 37 (18) 1548-1557
  • 8 Hsieh PC, Koski TR, O'Shaughnessy BA. et al. Anterior lumbar interbody fusion in comparison with transforaminal lumbar interbody fusion: implications for the restoration of foraminal height, local disc angle, lumbar lordosis, and sagittal balance. J Neurosurg Spine 2007; 7 (04) 379-386
  • 9 Kepler CK, Rihn JA, Radcliff KE. et al. Restoration of lordosis and disk height after single-level transforaminal lumbar interbody fusion. Orthop Surg 2012; 4 (01) 15-20
  • 10 Tye EY, Alentado VJ, Mroz TE, Orr RD, Steinmetz MP. Comparison of Clinical and Radiographic Outcomes in Patients Receiving Single-Level Transforaminal Lumbar Interbody Fusion With Removal of Unilateral or Bilateral Facet Joints. Spine 2016; 41 (17) E1039-E1045
  • 11 Faundez AA, Mehbod AA, Wu C, Wu W, Ploumis A, Transfeldt EE. Position of interbody spacer in transforaminal lumbar interbody fusion: effect on 3-dimensional stability and sagittal lumbar contour. J Spinal Disord Tech 2008; 21 (03) 175-180
  • 12 Salem KMI, Eranki AP, Paquette S. et al. Do intraoperative radiographs predict final lumbar sagittal alignment following single-level transforaminal lumbar interbody fusion?. J Neurosurg Spine 2018; 28 (05) 486-491
  • 13 Jagannathan J, Sansur CA, Oskouian Jr RJ, Fu KM, Shaffrey CI. Radiographic restoration of lumbar alignment after transforaminal lumbar interbody fusion. Neurosurgery 2009; 64 (05) 955-963 , discussion 963–964
  • 14 Kim SB, Jeon TS, Heo YM. et al. Radiographic results of single level transforaminal lumbar interbody fusion in degenerative lumbar spine disease: focusing on changes of segmental lordosis in fusion segment. Clin Orthop Surg 2009; 1 (04) 207-213
  • 15 Ould-Slimane M, Lenoir T, Dauzac C. et al. Influence of transforaminal lumbar interbody fusion procedures on spinal and pelvic parameters of sagittal balance. Eur Spine J 2012; 21 (06) 1200-1206