CC BY 4.0 · Rev Bras Ginecol Obstet 2021; 43(08): 588-594
DOI: 10.1055/s-0041-1735227
Original Article | Artigo Original
Obstetrics

Perineal Lacerations: A Retrospective Study in a Habitual-Risk Public Maternity

Lacerações perineais: um estudo retrospectivo em uma maternidade pública de risco habitual
1   Medical School, Universidade Franciscana, Santa Maria, Rio Grande do Sul, RS, Brazil
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Abstract

Objective In around 85% of vaginal births, the parturients undergo perineal lacerations and/or episiotomy. The present study aimed to determine the incidence of lacerations and episiotomies among parturients in 2018 in a habitual-risk public maternity hospital in southern Brazil, and to determine the risk and protective factors for such events.

Methodology A retrospective cross-sectional study. Data were obtained from medical records and analyzed using the Stata software. Univariate and multivariate logistic regressions were performed. Values of p < 0.05 were considered significant.

Results In 2018, there were 525 vaginal births, 27.8% of which were attended by obstetricians, 70.7% by obstetric nurses, and 1.5% evolved without assistance. Overall, 55.2% of the parturients had some degree of laceration. The professional who attended the birth was a significant variable: a greater number of first- and second-degree lacerations, as well as more severe cases, occurred in births attended by nurses (odds ratio [OR]: 2,95; 95% confidence interval [95%CI]: 1,74 to 5,03). Positions at birth that did not enable perineal protection techniques (expulsive period with the “hands-off” method), when analyzed in isolation, determined the risk; however, in the final regression model, this relationship was not confirmed. Although reported in the literature, there were no associations between the occurrence of laceration and age, skin color, or birth weight. In 24% of the births, episiotomy was performed, and doctors performed 63.5% of them.

Conclusion Births attended by nurses resulted in an increased risk of perineal lacerations, of varying degrees. In turn, those assisted by physicians had a higher occurrence of episiotomy.

Resumo

Objetivo Aproximadamente 85% dos partos vaginais cursam ou com lacerações perineais e/ou com episiotomia. Este estudo objetivou determinar a incidência de lacerações e episiotomias das parturientes de 2018 de uma maternidade pública de risco habitual, no sul do Brasil, bem como determinar os fatores de risco e proteção para tais eventos.

Métodos Estudo transversal retrospectivo, no qual os dados foram obtidos dos prontuários e analisados no programa Stata. Realizaram-se regressões logísticas uni e multivariada. Foram considerados como significantes valores de p < 0,05.

Resultados Em 2018, aconteceram 525 partos vaginais, sendo 27,8% assistidos por médicos obstetras, 70,7%, por enfermeiros obstetras, e 1,5% evoluíram sem assistência. Ao todo, 55,2% das parturientes apresentaram algum grau de laceração. O profissional que assistiu ao parto foi uma variável que demonstrou significância: um maior número de lacerações de primeiro e segundo graus, bem como casos de maior gravidade, ocorreram em partos assistidos por enfermeiros (razão de probabilidades [RP]: 2,95; intervalo de confiança de 95% [IC 95%]: 1,74 a 5,03). Posições ao nascimento que não permitiam técnicas de proteção perineal (período expulsivo na técnica “sem mãos” [hands off, em inglês]), quando analisadas isoladamente, determinaram o risco; contudo, no modelo final de regressão, essa relação não se confirmou. Apesar de relatada na literatura, não houve associação entre a ocorrência de laceração e a idade, a cor da pele, ou o peso de nascimento. Em 24% dos partos, uma episiotomia foi realizada, tendo os médicos executado 63,5% delas.

Conclusão Partos assistidos por enfermeiros resultaram em um maior risco de lacerações perineais, de variados graus. Por sua vez, os assistidos por médicos apresentaram maior ocorrência de episiotomia.

Contributors

All of the authors participated in the concept and design of the study; analysis and interpretation of data; draft or revision of the manuscript; and they have approved the manuscript as submitted. All authors are responsible for the reported research.




Publication History

Received: 01 September 2020

Accepted: 21 July 2021

Article published online:
21 September 2021

© 2021. Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution License, permitting unrestricted use, distribution, and reproduction so long as the original work is properly cited. (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/)

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