Reflexões sobre o envelhecimento: contribuições da universidade aberta como estratégia de promoção da saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-4842.2021v24n1p331

Palavras-chave:

Envelhecimento, Desafios, Universidade aberta, Promoção de Saúde, Empoderamento.

Resumo

O cenário mundial passa por grandes transformações demográficas, consideradas um fenômeno, sem precedentes. A longevidade é um dos maiores triunfos da humanidade, com implicações profundas para as políticas públicas, para os sistemas de saúde, orçamentos, com urgente necessidade, que requer ações imediatas, capacitações profissionais e abordagem multidimensional. Neste ensaio teórico pretende-se abordar reflexões sobre o envelhecimento e as contribuições da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), como estratégia de promoção em saúde. Muitos estudos se dedicam às questões ligadas ao bem-estar, que viabilizem a longevidade, com qualidade de vida. As UNATIS, podem evidenciar ações de promoção da saúde, no envelhecimento humano, interferindo na autoestima e nos cuidados básicos de saúde, corroborando no desenvolvimento de competências e recursos, para o enfrentamento de vulnerabilidades individuais e ambientais. A educação em saúde influencia sentimentos de libertação e mudanças sociais, tornando-se uma estratégia de empoderamento dos sujeitos. O envelhecimento saudável fomenta a qualidade de vida, a partir da interdisciplinaridade, da participação das pessoas idosas em grupos, do controle de condições e estilos de vida, mais saudáveis. É preciso ampliar o olhar acerca do envelhecimento, para que os idosos, sejam protagonistas de direitos e deveres, com manutenção de autonomia, autoconfiança.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Yadira Fernandez Arnet, Universidade de Franca

Graduação em Ciências Alimentarias (Licenciatura) pela Universidade da Havana. Mestre em promoção de saude pela UNIFRAN.

Nanci Soares, UNESP FRANCA

Assistente social e docente UNESP, Franca.

Regina Célia de Souza Beretta, Universidade de Franca

Doutora pela UNESP Franca. Docente do curso de Serviço Social da UNIFRAN. Pesquisadora do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde UNIFRAN.

Thercius Oliveira Tasso, Universidade de Franca

Doutor em ciencia pela UNIFRAN. Pós doutorando do programa de pos graduação em promoção da saude.

Referências

ASSIS, M. G.; DIAS, R. C.; NECHA, R. M. A universidade para a terceira idade na construção da cidadania da pessoa idosa. In: ALCÂNTARA, Alexandre de Oliveira; CAMARANO, Ana Amélia, GIACOMIN, Karla Cristina. Política nacional do idoso: velhas e novas questões. Rio de Janeiro: Ipea, 2016. 615 p.

ALCÂNTARA, A. de O. Da política nacional do idoso ao estatuto do idoso: a difícil construção de um sistema de garantias de direitos da pessoa idosa. In: ALCÂNTARA, Alexandre de Oliveira; CAMARANO, Ana Amélia, GIACOMIN, Karla Cristina. Política nacional do idoso: velhas e novas questões. Rio de Janeiro: Ipea, 2016. 615 p.

BARRERO, S. A. P. Fatores de risco suicida no mundo. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 8, p. 2011-2016, agosto de 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000800012&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 18 de fev. 2020. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000800012

BRASIL. Estatuto do Idoso – Lei n.º 1.741/2003. Brasília: Senado Federal, 2005.

BRASIL. As Cartas da Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 2.446, de 11 de novembro de 2014. Redefine a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). Disponível em: http://bvsms.saude.gov. br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt2446_11_11_2014.html. Acesso em: 15 mar. 2018.

BOUTIQUE, N. C.; SANTOS, R. de L. A. dos. Aspectos Socioeconômicos do Envelhecimento. In: NETTO, Matheus Papaléo. Gerontologia. São Paulo: Atheneu, 2005. P. 82-91.

CACHIONI, M. Universidade da Terceira Idade. In: NERI, A.L. (Org.). Palavras chave em Gerontologia. Campinas: Alínea. p. 207-210. 2005.

CAMPELO E PAIVA, S. O. Envelhecimento, saúde e trabalho no tempo do capital. São Paulo: Cortez, 2. ed. 2014.

CAVALCANTE, F. G.; MINAYO, M. C. S. Autópsias psicológicas e psicossociais de idosos que morreram por suicídio no Brasil. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 8, p. 1943-1954, ago. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000800002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 18 fev. 2020. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000800002.

CORDEIRO, A. P. Envelhecimento e arte: as oficinas de teatro da UNATI- UNESP de Marília em cena. In: BRUNS, M. A. D. T.; DEL-MASSO, M. C. S. (Org.). Envelhecimento humano: diferentes perspectivas. Campinas: Alínea, p. 91-119. 2007.

COSTA, D. G. S.; SOARES, N. Envelhecimento e velhices: heterogeneidade no tempo do capital. Serviço Social & Realidade, Franca, v. 2, n. 25, p.57-68, dez. 2016.

COSTA, J. L. R.; COSTA, A. M. M. R.; GOBBI, S. Unesp - Unati e as políticas públicas voltadas à população idosa. In: DEL-MASSO, M.C.S.; AZEVEDO, T.C.A. (Org.). UNATI Universidade Aberta da Terceira Idade, UNESP – PROEX. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p. 25-41.

DÁTILO, G. M. P. A.; TAVARES, F. C. Percepção da importância da participação de idosos em uma Universidade Aberta da Terceira Idade. Revista Equilíbrio Corporal e Saúde, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 28-41, 2012.

DOMINGUES, M. A.; DERNTL, A. M. Relações e redes sociais. In: JACOB FILHO, W.; GORZONI, M. L. Geriatria e gerontologia: o que todos devem saber. São Paulo: Roca, p. 165-180, 2008.

FALEIROS, V. de P. A política nacional do idoso em questão: passos e impasses na efetivação da cidadania. In: ALCÂNTARA, Alexandre de Oliveira; CAMARANO, Ana Amélia, GIACOMIN, Karla Cristina. Política nacional do idoso: velhas e novas questões. Rio de Janeiro: Ipea, 2016. 615 p.

FALEIROS, V. de P. Autonomia relacional e cidadania protegida: paradigmas para envelhecer bem. In: CARVALHO, M. I. de (Org.). Serviço social no envelhecimento. Lisboa: Pactor, 2013b. p. 35-48.

FERNANDES, M. T. O.; SOARES, S. M. O desenvolvimento de políticas públicas de atenção ao idoso no Brasil. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 46, n. 6, p. 1494-1502, Dec. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080 62342012000600029&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 17 nov. 2019. https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000600029.

FERNANDES, W. R.; SIQUEIRA, V. H. F. Educação em saúde da pessoa idosa em discursos e práticas: atividade física como sinônimo de saúde. Interface: Botucatu, v. 14, n. 33, p. 371-385, June 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414 32832010000200011&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 20 fev. 2020. https://doi.org/10.1590/S1414-32832010000200011.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança. 13ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

JODELET, D. Representações sociais: um domínio em expansão. In: JODELET, D. (Org.). As representações sociais. Rio de Janeiro: EdUERJ, p. 17-44, 2001.

KALACHE, A. Prefácio. In: FRANÇA, L.; STEPANSKY, D. (Orgs.). Propostas multidisciplinares para o bem-estar na aposentadoria. Rio de Janeiro: Quartet; Faperj, 2012.

KALACHE, A. Fórum. Informações sobre envelhecimento da população e saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: demandas e desafios contemporâneos. Postscript. Cafajeste. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 10, p. 2503-2505, outubro de 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007001000024&lng=en&nrm=iso. Acesso em 18 de fev. 2020. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007001000024

KALACHE, A. Uma revolução da educação em resposta à revolução da longevidade. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro, v. 22, n. 4, e 190213, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809 98232019000400206&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 25 jan. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/1981 22562019022.190213

LE PHAM, P. D.; VO, T. Q. Assessment of psychometric properties of WHOQOL-OLD instrument: a literature review. International Journal of Pharmacy and Pharmaceutical Research, Baltimore, v. 4, n. 4, p. 53-66, 2015.

LOPES, M. E. P. S. A velhice no século XXI: a vida feliz e ainda ativa na melhor
idade. Acta Scientiarum Human and Social Sciences, v. 34, n. 1, 2012. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHumanSocSci/article/view/1 197. Acesso em: 10 jul, 2019.

MALDONADO, M. L. M; MUÑOZ, E. C; NÚÑEZ, V. M. M. Program of active aging in a rural Mexican community: a qualitative approach. BMC Public Health 7:276; 2007.

MALTA, D. C.; MORAIS NETO, O. L.; SILVA JUNIOR, J. B. Apresentação do plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2011 a 2022. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 20, n. 4, p. 425-438, dez. 2011. Disponível em http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742011000400002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 18 jan. 2020. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000400002.

MONTEAGUDO, R. A. M.; GARCÍA, Y. M. Envejecimiento demográfico en Cuba y los desafíos que presenta para el Estado. Medwave. 18. e7231-e7231. 10.5867/medwave.2018.04.7231. 2018.

OLIVEIRA, R. C. S. Reconstruçâo histórica da universidade aberta para a terceira idade na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Revista HISTEDBR On-line, v. 12, n. 45e, p. 142-161, 11. mai, 2012.

OLIVEIRA, R. C. S.; SCORTEGAGNA, P.A. Apresentação, set., 2014. In: OLIVEIRA, Rita de Cássia da Silva; SCORTEGAGNA, Paola Andressa (Org.). Universidade Aberta para a Terceira Idade: o idoso como protagonista na extensão universitária. Ponta Grossa: Editora UEPG, p. 13-18. 2015.

ORDONEZ, T. N.; CACHIONI, M. Motivos para frequentar um programa de educação permanente: relato dos alunos da universidade aberta à terceira idade da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Rev. bras. geriatr. gerontol. Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, p. 461-474, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809 98232011000300007&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 20 fev. 2020. https://doi.org/10.1590/S1809-98232011000300007.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Folha informativa - Envelhecimento e saúde. 2018. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5661:folhainformativa-envelhecimento-e-saude&Itemid=820. Acesso em: 14 mai. 2019.

PAIM J. S.; ALMEIDA Filho, N. A crise na saúde pública e utopia da saúde coletiva. Salvador: Casa da Qualidade, Editora; 2000.
PAIVA, S. O. C. Envelhecimento, saúde e trabalho no tempo do capital. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2014.

PINTO, L. W. et al. Evolução temporal da mortalidade por suicídio em pessoas com 60 anos ou mais nos estados brasileiros, 1980 a 2009. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 8, p. 1973-1981, ago. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000800008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 18 fev. 2020. https://doi.org/10.1590/S1413-81232012000800008.
PRATA, H. L.; ALVES, E. D. J.; PAULA, F. L.; FERREIRA, S. M. Fisioterapia. Mov., Curitiba, v. 24, n. 3, p. 438, jul./set. 2011.

SERVICO SOCIAL DO COMERCIO (SESC). O Perfil das Universidades da Terceira Idade no Estado de São Paulo. A Terceira Idade: Estudos sobre Envelhecimento /Serviço Social do Comércio. v. 21 - nº 47, mar, de 2010. ISSN 1676-0336.
SILVA, Sobrinho, H. F. Discurso, velhice e classe sociais: a dinâmica contraditória do dizer agitando as filiações de sentido na processualidade histórica. Maceió: EDUFAL, 2007.

SHEARER, N., Fleury, J., WARD, K.; O´BRIEN, A. M. (2012). Empowerment interventions for older adults. Western Journal of Nursing Research, 34, 24-51. doi: 10.1177/0193945910377887
UNITED NATIONS (UN). Secretary-General. Report of the high level panel of eminent persons on the Post-2015 Development Agenda (UN, 2013). Report of the Global Thematic Consultation on Education in the Post-2015: Development Agenda. New York: UNESCO-UNICEF; 2013.

VENTURA, M. F. O uso de plantas medicinais por grupo de idosos de unidade de saúde de Campo Grande, Rio de Janeiro: uma discussão para a implantação da fitoterapia local. 2012. 52 f. TCC (Graduação) - Curso de Gestão da Inovação de Fitomedicamentos, Instituto de Tecnologia em Fármacos, Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Tecnologia em Fármacos/farmanguinhos, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/7716/2/33.pdf. Acesso em: 31 ago. 2018.

VERAS, R. P.; CALDAS, C.P.; CORDEIRO, H.A. Modelos de atenção à saúde do idoso: repensando o sentido da prevenção. Physis. Rio de Janeiro , v. 23, n. 4, p. 1189-1213, Dec. 2013 .

VERAS, R. P. Gerenciamento de doença crônica: equívoco para o grupo etário dos idosos. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 46, n. 6, p. 929-934, dez. 2012a.

VERAS, R. P.; CALDAS, C.P. Promovendo a saúde e a cidadania do idoso: o movimento das universidades da terceira idade. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 423-432, 2004. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v9n2/20396.pdf. Acesso em: out. 2019.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000137&pid=S0103-166X200800040001300026&lng=en. Acesso em: 20 jan. 2020.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). World report on ageing and health. Geneva: WHO; 2015. Disponível em: http://apps.who.int/ iris/bitstream/10665/186463/1/9789240694811_eng. pdf?ua. Acesso em: 15 jun. 2018.

WIXEY, S. et al. Measuring Accessibility as Experienced by Different Socially Disadvantaged Groups, funded by the EPSRC FIT Programme — Transport Studies Group — Universidade de Westminster, p.18, 2005.

Downloads

Publicado

13-02-2021

Como Citar

ARNET, Y. F.; SOARES, N.; BERETTA, R. C. de S.; TASSO, T. O. Reflexões sobre o envelhecimento: contribuições da universidade aberta como estratégia de promoção da saúde. Serviço Social em Revista, [S. l.], v. 24, n. 1, p. 331–348, 2021. DOI: 10.5433/1679-4842.2021v24n1p331. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/article/view/39998. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos