Ensino remoto emergencial: tensões e desafios dos(as) diretores(as) de Mongaguá/SP

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/CLM-312-321

Palavras-chave:

Políticas Públicas Educacionais, Ensino Remoto Emergencial, COVID-19, Gestão Escolar

Resumo

Este artigo apresenta e discute percepções dos(as) diretores(as) de unidades escolares municipais de Mongaguá, acerca das diretrizes oficiais preconizadas pelo Departamento Municipal de Educação para implementação do ensino remoto emergencial, imposto pela pandemia de Covid-19 no ano de 2020. Trata-se de pesquisa de caráter qualitativo exploratório que contou com triangulação de dados por meio de levantamento bibliográfico, análise de fontes oficias, aplicação de questionário na modalidade de autopreenchimento e entrevistas semiestruturadas com os(as) diretores(as). O cenário que emergiu da pesquisa revela um panorama bastante desafiador, incerto e permeado por possibilidades de ressignificação da escola e da gestão das unidades, sobretudo às rotinas profissionais dos(as) diretores(as).

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Biografia do Autor

Edmar Lucas Ferreira Sehnem, Universidade Cidade de São Paulo

Mestre em Educação pela Universidade Cidade de São Paulo (2022) na área de Políticas Públicas Educacionais e aluno pesquisador na mesma instituição. Possui especialização em Gestão Educacional pelo Centro de Ensino Superior de Maringá e em Língua Portuguesa pelo Centro Universitário Monte Serrat. Graduado em Letras pela Universidade Paulista e graduado em Pedagogia pelo Centro de Ensino Superior de Maringá. Atualmente é Diretor do Departamento de Ensino da Prefeitura Municipal de Mongaguá/SP. Tem experiência na área de Administração e Gestão Pública Educacional, Diretoria e Supervisão de Ensino, Gestão e Administração Escolar e Letras atuando principalmente nos seguintes temas: Educação, Políticas Públicas de Educação, Implementação de Políticas Públicas Educacionais, Gestão Educacional, Gestão Escolar e Gestão Democrática.

Angela Maria Martins, Universidade Cidade de São Paulo

Graduada em Ciências Sociais e Políticas. Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo - USP. Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Realizou pós-doutorado com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes - no Instituto de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa (2008), na área de políticas públicas educacionais. Em 2016 realizou estágio de pesquisa na Universidade Nova de Lisboa, com Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp. Foi diretora estadual em São Paulo da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE) (2006-2007). Foi vice-presidente da ANPAE Sudeste (2011-2013). Desde 1996 é pesquisadora da Fundação Carlos Chagas na área de política e gestão da educação. Foi professora do Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Católica de Santos, de 2001 a 2010. É professora titular do Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Cidade de São Paulo e do Mestrado Profissional Formação de Gestores Educacionais na mesma instituição, desde 2010. É bolsista produtividade do CNPq (PQ1). Tem estudado principalmente os seguintes temas: políticas educacionais e gestão da educação; metodologias de pesquisa; trajetórias, práticas e identidade profissional de diretores e professores. http://orcid.org/0000-0002-1267-8869 https://www.researchgate.net/profile/Angela_Martins6/research

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Publicado

2022-06-25

Como Citar

Sehnem, E. L. F., & Martins, A. M. (2022). Ensino remoto emergencial: tensões e desafios dos(as) diretores(as) de Mongaguá/SP . Concilium, 22(4), 121–142. https://doi.org/10.53660/CLM-312-321

Edição

Seção

Artigos