GESTÃO DE MARKETING E O SEXISMO NA COMUNICAÇÃO: O PAPEL DA LIDERANÇA
Resumo
Estudos indicam que as mulheres enfrentam mais dificuldades nas áreas empresariais (gestão, contabilidade, finanças, ciências do comportamento e gestão de pessoas) do que os seus colegas homens, devido a considerações estereotipadas sobre o seu papel, que têm consequências negativas nas oportunidades no local de trabalho. Neste sentido, a liderança surge, nesta investigação, com um papel reforçado e como uma ferramenta crucial no apoio à gestão do marketing (em específico, o caso da comunicação e da publicidade) e na sua relação com o sexismo e a igualdade do género. Em específico, torna-se necessário compreender até que ponto a comunicação social e a indústria publicitária influenciam os estereótipos que vão ditar a ascensão ou não da liderança feminina. O presente trabalho visa contribuir, em nível teórico, para a compreensão deste fenómeno, reunindo alguns dos principais contributos da literatura. Estudos futuros deverão conduzir os investigadores no sentido de testar empiricamente qual o papel da liderança na definição das políticas e planos de comunicação das organizações (em específico, a promoção da igualdade de género). Numa perspetiva interdisciplinar, o presente estudo pretende contribuir para o marketing e para o comportamento organizacional. Futuros trabalhos deverão conduzir à elaboração de focus group e entrevistas em profundidade reunindo alguns agentes da tomada de decisão (na ótica da empresa) e consumidores (na ótica da procura).
Downloads
Referências
Bass, B., & Bass, R. (2008). Te Bass handbook of leadership (4th ed). New York: NY: Free Press.
Bowles, H. R., & McGinn, K. L. (2008). Gender in Job Negotiations: A Two‐Level Game. Negotiation Journal, 24(4), 393-410.
Bryman, A. (1986). Leadership and organizations. British Library.
Chiavenato, I. (2005). Comportamento organizacional: A dinâmica do sucesso das organizações. 2º edição. São Paulo: Elsevier Editora.
Davidson, M., and Burke, R. (2011), “Women in management worldwide: progress and prospects – an overview”. In Davidson, M., and Burke, R. (eds), Women in management worldwide: progress and prospects, 2nd edn, Gower, Burlington, VT.
Davies, P. G., Spencer, S. J., & Steele, C. M. (2005). Clearing the air: identity safety moderates the effects of stereotype threat on women's leadership aspirations. Journal of personality and social psychology, 88(2), 276.
Duarte, C. R. A. (2012). As questões de Género na Publicidade: percepções de estudantes e profissionais das áreas do Marketing e da Publicidade.
Eagly, A. & Karau, S. (2002). Role Congruity Theory of Prejudice Toward Female Leaders. Psychological Review by the American Psychological Association, Vol. 109, N 3, 573–598
Eden, D. (1992). Leadership and expectations: Pygmalion effects and other self-fulfilling prophecies in organizations. The Leadership Quarterly, 3(4), 271-305.
Glenn Rowe, W. (2002). Liderança estratégica e criação de valor. Revista de Administração de Empresas, 42(1), 1-15.
Gonçalves, R. (2012). Um estudo sobre a liderança feminina: motivação, bem-estar subjetivo e bem-estar no trabalho (Doctoral dissertation).
Jesuíno, J. (1999). Processos de liderança. (3ª ed.). Lisboa: Livros Horizonte.
Jogulu, U. D., & Wood, G. J. (2006). The role of leadership theory in raising the profile of women in management. Equal opportunities international, 25(4), 236-250.
Kabeer, N. (2005). Gender equality and women's empowerment: A critical analysis of the third millennium development goal 1. Gender & Development, 13(1), 13-24.
Moreira, P. (2004). Gestão no feminino vs. masculino: Competências ou valores? Recursos Humanos Magazine, 5(34), 28-29.
Moller, M. A. B., & Gomes, J. F. D. S. (2010). Quid Vincit: O impacto da liderança feminina na implicação organizacional. Análise Psicológica, 28(4), 683-697.
Muller, S. (2008). Liderança transformadora: as mulheres no poder do mundo corporativo. Cadernos FAPA, No. 4
Nogueira, M. C. (2006). Os discursos das mulheres em posições de poder. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 9(2), 57-72.
Nmark, F. L. (1993). Women, leadership, and empowerment. Psychology of women quarterly, 17(3), 343-356.
Rego, A., & Cunha, M. (2004). A essência da liderança: mudança x resultados x integridade: teoria, prática, aplicações e exercícios de autoavaliação. Lisboa: RH.
Tate, G., & Yang, L. (2015). Female leadership and gender equity: Evidence from plant closure. Journal of Financial Economics, 117(1), 77-97.
UNICEF. (2006). The state of the world's children 2007: women and children: the double dividend of gender equality (Vol. 7). Unicef.
Yukl, G. (2010). Leadership in organizations (7th ed.). Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.