<strong>A paródia da autobiografia em Lygia Fagundes Telles</strong> - DOI: 10.4025/actascilangcult.v30i1.4058

  • Carlos Magno Santos Gomes UFS
Palavras-chave: paródia, escrita, meta-narrativa, pós-estruturalismo

Resumo

Este artigo defende a hipótese de que o romance As horas nuas (1989), de Lygia Fagundes Telles, apresenta um sofisticado jogo auto-referencial da obra dentro da obra. As cenas em que Rosa, a protagonista, tenta escrever suas memórias, mas é consumida pelo alcoolismo, fortalecem as idéias de paródia e de descentramento estético, presentes nesse romance. Rosa narra e comenta a superficialidade de suas memórias até abandonar seu projeto de escrita, que pode ser lido como uma paródia das autobiografias. Essa hipótese será sustentada metodologicamente pelos conceitos pós-estruturalistas propostos por Jacques Derrida, que defende a escrita como jogo, remédio, veneno ou teatro, entre outros conceitos. A partir dos suplementos estéticos da encenação de Rosa, o leitor, preocupado com o “como” a obra foi construída, descobre novos roteiros desse romance que se autoquestiona no próprio desenrolar da narrativa. Ao final, interpreta-se o silêncio de Rosa como uma crítica à superficialidade e ao narcisismo do gênero autobiográfico.

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Biografia do Autor

Carlos Magno Santos Gomes, UFS
Pesquisador de Literatura Brasileira e Gênero. Coordenador da pós-graduação Lato Sensu Ensino de Português e Literatura 2007-2008. Editor do periódico Interdisciplinar - UFS. Currículo Lattes
Publicado
2008-07-09
Como Citar
Gomes, C. M. S. (2008). <strong>A paródia da autobiografia em Lygia Fagundes Telles</strong&gt; - DOI: 10.4025/actascilangcult.v30i1.4058. Acta Scientiarum. Language and Culture, 30(1), 79-84. https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v30i1.4058
Seção
Literatura

 

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