Competências digitais de idosos: um foco na construção de materiais digitais

  • Bruna Kin Slodkowski Universidade Federal do Rio Grande do Sul https://orcid.org/0000-0002-9028-366X
  • Leticia Rocha Machado Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Patricia Alejandra Behar Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Palavras-chave: idosos; competências digitais; materiais digitais; inclusão digital.

Resumo

O presente artigo objetiva investigar as competências digitais necessárias para a criação de materiais digitais por idosos e suas potencialidades para a melhoria da qualidade de vida. No contexto atual, observa-se, além das mudanças tecnológicas, o interesse de alguns idosos em aprender a construir materiais digitais. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi a qualitativa, de campo, com abordagem interpretativa. O público-alvo foram idosos com média de idade de 72,4 anos que participam de um curso de inclusão digital em uma Universidade e especialistas com média de idade de 36,8 anos de idade. No que se refere à coleta de dados, foram aplicados dois tipos de instrumentos: questionários on-line e observação participante. Portanto, foi possível mapear uma competência geral denominada Autoria digital e três específicas: Criação de conteúdo digital; Compartilhamento de conteúdos digitais e, por último, Segurança e privacidade digital. Assim, essa pesquisa identificou como pré-requisito para a construção de conteúdos digitais a necessidade de o idoso ser fluente digitalmente ou, no mínimo, dominar conhecimentos tecnológicos básicos sobre a ferramenta de autoria utilizada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Antunes, M. C. (2015). Educar para um envelhecimento bem sucedido: reflexões e propostas de ação. Teoría de la Educación. Revista Interuniversitaria, 27(2), 185-201. DOI: http://dx.doi.org/10.14201/teoredu2015272185201

Aprendizagem ao longo da vida: competências essenciais. (2016). Recuperado de http://publications.europa.eu/resource/cellar/89e165de-b214-4013-81c6-c8a12e52330b.0013.02/DOC_3

Behar, P. A. (Org.), (2013). Competências em educação a distância. Porto Alegre, RS: Penso, p. 166-170.

Behar, P. A., Machado, L. M., Ribeiro, A. C. R., & Ebeling, L. (2010) Trabalho voluntário e inclusão digital: indicadores para uma qualidade de vida. In N. L. Terra et al. Envelhecimento e suas múltiplas áreas do conhecimento (p. 95-102). Porto Alegre, RS: EDIPUCRS.

Branco, S. (2017). Memória e esquecimento na internet. Porto Alegre, RS: Arquipélago Editorial.

Candido, H. T. N. (2015). O uso de dispositivos móveis pelos idosos: um estudo de caso (Monografia de Graduação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Creswell, J. W. (2014). Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens (3a ed.). Porto Alegre, RS: Penso.

Delors, J. (2010). Educação, um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Rio Tinto, PB: Cortez.

Doll, J., & Machado, L. R. (2013). O idoso e as novas tecnologias. In E. V. Freitas et al. Tratado de Gerontologia e Geriatria (3a ed., p. 2284-2294). Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan.

Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa (3a ed.). Porto Alegre, RS: Artmed.

Freire, P. (2004). Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, SP: Paz e Terra.

Grande, T. P. F. (2016). INSTRUMEDS: Um instrumento para materiais educacionais digitais em dispositivos móveis para idosos (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Kachar, V. (2010). Envelhecimento e perspectivas de inclusão digital. Revista Kairós Gerontologia, 13(2), 131-147. DOI: https://doi.org/10.23925/2176-901X.2010v13i2p%25p

Machado, L. R. (2019). Modelo de Competências digitais para m-learning com foco nos idosos (MCDMSênior). (Tese de Doutorado). Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Machado, L. R., & Behar, P. A. (2015). Educação a distância e cybersêniors: um foco nas estratégias pedagógicas. Educação & Realidade, 40(1), 129-148. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2175-623645563

Machado, L. R., Grande, T. P. F., Behar, P., & Luna, F. M. R. (2016). Mapeamento de competências digitais: a inclusão social dos idosos. ETD: Educação Temática Digital, 18(4), 903-921. DOI: https://doi.org/10.20396/etd.v18i4.8644207

Michel, M. H. (2015). Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais: um guia prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos (3a. ed.). São Paulo, SP: Atlas.

Moraes, R. (1999). Análise de conteúdo. Revista Educação, 22(37), 7-32.

Oliveira, R. C. S. (2013). A pesquisa sobre o idoso no Brasil: diferentes abordagens sobre educação nas teses e dissertações (de 2000 a 2009). Acta Scientiarum. Education, 35(1), 79-87. DOI: https://doi.org/10.4025/actascieduc.v35i1.18288

Osório, A. R., & Pinto, F. C. (2007). As pessoas idosas: contexto social e intervenção educativa. Lisboa, PT: Instituto Piaget.

Paiva, V. L. M. O. (2016). A linguagem dos emojis. Trabalhos em Linguística Aplicada, 55(2), 379-399. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8647400

Paradella, R. (2018). Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. Agência IBGE Notícias. Recuperado de https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agenciade-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30- milhoes-em-2017

Patrício, M. R., & Osório, A. (2013). Educação e Inclusão social em tempos de transição. In Atas do 12 Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga, PT: Universidade do Minho. Recuperado de https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/10033/1/Paper_CIGPP2013.pdf

Patrício, M. R., & Osório, A. (2017). Literacia digital intergeracional: desafios e oportunidades para a educação ao longo da vida. EDUSER: Revista de Educação, 9(1). DOI: https://doi.org/10.34620/eduser.v9i1.95

Perrenoud, P. (2000). Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre, RS: Artes Médicas Sul.

Pinho, I. C. (2011). A fluência digital como competência do professor na educação a distância (Monografia de Graduação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Sampieri, R. H. (2006). Metodologia de pesquisa (3a ed.). São Paulo, SP: McGraw-Hill.

Schneider, D. (2014). MP-CompEAD: Modelo pedagógico baseado em competências para professores e tutores em educação a distância (Tese de Doutorado) Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Silva, K. K. A. (2018). Modelo de Competências Digitais em educação a distância: MCompDigEAD- Um foco no aluno (Tese de Doutorado em Informática na Educação). Programa de Pós-graduação em Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Silva, K. K. A., & Behar, P. A. (2019). Competências digitais na educação: uma discussão acerca do conceito. Educação em Revista, 35, e209940. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0102-4698209940

Slodkowski, B. K. (2019). Competências digitais: um olhar sobre a construção de Materiais Digitais por idosos (Monografia de Licenciatura em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Slodkowski, B. K., Machado, L. R., & Behar, P. A. (2017). Construção de vídeos por idosos: um olhar sobre o processo de autoria digital. In: Anales del XXV Jornadas de Jóvenes Investigadores AUGM. (Tomo 1, p. 730-735). Montevideo, UY: Asociacion de Universidades Grupo Montevideo (AUGM); Universidad Nacional de Itapua. Recuperado de http://grupomontevideo.org/jji/XXV.pdf

Yin, R. K. (2016). Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre, RS: Penso.

Publicado
2022-05-31
Como Citar
Slodkowski, B. K., Machado , L. R., & Behar , P. A. (2022). Competências digitais de idosos: um foco na construção de materiais digitais. Acta Scientiarum. Education, 44(1), e54325. https://doi.org/10.4025/actascieduc.v44i1.54325
Seção
História e Filosofia da Educação