Arq. Bras. Cardiol. 2023; 120(6): e20230310

Os Pacientes de Baixo Risco Cardiovascular Poderiam Ser Melhor Estratificados?

Francisco Antonio Helfenstein Fonseca ORCID logo , Maria Cristina Izar ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20230310

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Determinando Percentis do Risco Cardiovascular Aterosclerótico de acordo com Sexo e Idade numa População Saudável Brasileira".

Nesta edição dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Cesena et al. determinaram a distribuição de percentis do risco de doença cardiovascular aterosclerótica (DCVAS) em 10 anos de acordo com idade e sexo, em uma grande população brasileira, com base nas equações de coorte agrupadas ACC/AHA. Eles excluíram pacientes com risco cardiovascular alto ou muito alto (por exemplo, aqueles com DCVAS conhecida, diabetes, hipercolesterolemia grave, doença renal crônica ou pessoas com idades fora da faixa de 40 a 75 anos). Os autores encontraram muitos indivíduos com baixo risco cardiovascular, mas acima do percentil 75 de risco de DCVAS para essa categoria. Esses achados fascinantes mostram as limitações da estimativa atual de risco cardiovascular em 10 anos, principalmente entre pacientes jovens. De fato, os autores apresentam uma ferramenta que pode ser muito útil para uma melhor sensibilização para o risco cardiovascular, abrindo a perspectiva para uma mudança precoce do estilo de vida ou para o início de terapêutica farmacológica.

Atualmente, muitos pacientes recebem terapia farmacológica ou mudam seu estilo de vida apenas no estágio avançado da doença cardiovascular. , Nesse ponto, o cuidado cardiovascular é muito mais especializado e caro, e a qualidade de vida muitas vezes permanece comprometida apesar de grandes esforços.

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Os Pacientes de Baixo Risco Cardiovascular Poderiam Ser Melhor Estratificados?

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