Arq. Bras. Cardiol. 2022; 119(5): 732-733

Análise de Prevalência de Fibrilação Atrial e a Saúde Cardiovascular em Coorte Derivada do Projeto ELSA-Brasil

Henrique Tria Bianco ORCID logo

DOI: 10.36660/abc.20220676

Este Minieditorial é referido pelo Artigo de Pesquisa "Saúde Cardiovascular e Fibrilação ou Flutter Atrial: Um Estudo Transversal do ELSA-Brasil".

Este interessante estudo de prevalência analisou a associação entre a fibrilação (FA) e o flutter atrial (FT), com o status da saúde cardiovascular, em coorte derivado do projeto ELSA-BRASIL, em desenho observacional e do tipo transversal. Foram incluídos nesta análise 13.141 participantes. Métricas de biomarcadores e dados epidemiológicos foram inseridos, com posterior análise de associação, em modelo ajustado e em regressão logística para as variáveis de interesse.

Os mecanismos de associação entre FA e o risco de acidente vascular cerebral (AVC) são bem conhecidos. A FA está associada à estase sanguínea anormal, que envolve hipocontratilidade atrial, remodelação estrutural atrial, ativação plaquetária e da cascata de coagulação, promovendo a formação de trombos e isquemia., Desta forma, a FA é preditor independente de doenças isquêmicas, notadamente o AVC. O risco estimado de FA durante a vida é entre 22% e 26%., Métricas para avaliar o impacto desta associação são constantemente publicadas em documentos, como as recomendações do Comitê de Metas e Métricas da Força-Tarefa de Planejamento Estratégico da American Heart Association, que desenvolveu estratégias de monitoramento contínuo e em longo prazo. Dentro de um conceito generalista, a saúde cardiovascular deve conter aspectos clínicos e comportamentais, como o estilo de vida adequado (não fumar, evitar a obesidade), concomitante a correção e adequação de biomarcadores metabólicos, como níveis de colesterol e triglicérides; glicemia; e controle adequado da pressão arterial. Desta forma, este comitê propôs um desafio para o alcance destas metas: “Até 2020, melhorar a saúde cardiovascular de todos os americanos em 20%, reduzindo as mortes por doenças cardiovasculares e AVC em 20%”. Desta forma, a identificação de indivíduos com risco para desenvolver FA é um imperativo clínico, pois a modificação de algumas variáveis pode reduzir a incidência desta afecção.,

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Análise de Prevalência de Fibrilação Atrial e a Saúde Cardiovascular em Coorte Derivada do Projeto ELSA-Brasil

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