REVISITANDO A HISTÓRIA DA LÍNGUA NACIONAL PARA COMPREENSÃO DA FORMAÇÃO DA LÍNGUA PADRÃO E DAS RELAÇÕES DE PODER E DOMINAÇÃO

Autores

  • Rosália Aparecida da Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia
  • Solimária Pereira Lima
  • Janaina Kelly Leite Chaves

DOI:

https://doi.org/10.36026/rpgeo.v6i1.4501

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo levantar discussões sobre como a língua oficial se constituiu no Brasil e vem sendo imposta em detrimento de outras línguas e das variações por classe social, região geográfica e de demais elementos diferenciadores. O debate se dá a partir do questionamento feito por Bortoni-Ricardo (2014, p. 69): “Como se constitui uma variedade padronizada, detentora de prestígio, e como ela se coloca no repertório de uma comunidade, em relação às demais variedades de pouco ou nenhum prestígio?”. É sabido que embora a sociolinguística venha tentando eliminar preconceitos ao postular que todas as línguas e variedades são igualmente complexas, reconhecendo a heterogeneidade e o caráter multifacetado como propriedade inerente a todo sistema linguístico e a competência linguística dos falantes como atributo que os leva a selecionar formas alternativas disponíveis no sistema; na escola o ensino da Língua Portuguesa ainda tem se pautado em uma tradição pedagógica que estabelece apenas uma variante como padrão a ser obedecido. Estas situações a nosso ver colaboram para reafirmação do poder de uma classe econômica sobre a outra. Após revisão bibliográfica embasada em Antunes (2007; 2009), Bortoni-Ricardo (2014a; 2014b), Faraco (2009), Calvet (2002), Gnerre (1985), utilizou-se como metodologia a Análise de Discurso de linha pecheutiana, chegando-se a conclusão de que existe uma imposição social de uma língua considerada melhor comparativamente em relação às demais. Havendo assim uma necessidade de repensar as práticas sociais em relação às línguas adotadas pelos diversos falantes em solo nacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosália Aparecida da Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia

Mestra em Letras pela UNIR (Universidade Federal de Rondônia) em defesa realizada no dia 30/04/2018 da dissertação "Memórias, sentidos e espetacularização nos discursos da cheia histórica do Rio Madeira (2013/2014)", sob orientação da Profª Drª Nair Ferreira Gurgel do Amaral. Possui graduação em Jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2000) e Pós-Graduação em Administração Pública pela Fortium (DF) e em Jornalismo Empresarial e Assessoria de Imprensa na Faculdade Santo André/Multiron (RO). É jornalista concursada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (desde setembro de 2010). Passou dois anos cedida do Ministério da Educação para o Ministério da Defesa, permanecendo no SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia), Centro Regional de Porto Velho, no cargo de Assessora de Comunicação Social, entre 2014 e 2016. Cursou na condição de aluna especial do Mestrado Acadêmico em Letras da UNIR (Universidade Federal de Rondônia) as disciplinas de Pluralidade Cultural e Linguagem; Análise do Discurso e Teorias da Enunciação; e Linguística Textual. De 13 de fevereiro a 16 de abril de 2016 participou do Grupo de Estudos Linguagens e Identidade, que reuniu ex-alunos especiais do Mestrado em Letras e outros interessados em conhecer mais sobre a língua e seus usos.

Downloads

Publicado

30/08/2019