Será que as medicações anticolinérgicas estão sendo bem utilizadas? uma revisão sistemática

Autores

  • Simão Kagan Departamento de Psiquiatria
  • Bruno Bertolucci Ortiz Programa de Esquizofrenia (PROESQ), Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP.
  • André Malbergier Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA), Departamento de Psiquiatria, Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.
  • André Gustavo Feitosa Furtado Departamento de Psiquiatria, Casa de Saúde Santa Marcelina, São Paulo, SP.
  • Bernardo Banducci Rahe Departamento de Psiquiatria, Casa de Saúde Santa Marcelina, São Paulo, SP.

DOI:

https://doi.org/10.25118/2236-918X-7-3-3

Palavras-chave:

Antagonistas colinérgicos, antipsicóticos, transtornos dos movimentos

Resumo

Anti psicóticos são uti lizados em diversos transtornos mentais, o que torna imperati vo o estudo de seus efeitos adversos, de maneira a amenizá-los e permiti r melhor adesão ao tratamento. Distúrbios do movimento são adversidades comuns, e sua abordagem, em geral, se baseia na redução da dose, troca do anti psicóti co e/ou introdução de uma medicação anti colinérgica. O objeti vo deste estudo é realizar uma revisão sistemáti ca sobre o uso de medicações anti colinérgicas na abordagem de sintomas extrapiramidais causados por anti psicóticos. Através desta revisão, será realizada uma análise crítica sobre esse uso. A busca bibliográfi ca foi realizada através das bases de pesquisa PubMed e SciELO. Foram incluídos 24 dos 318 arti gos encontrados. Os arti gos foram organizados nos seguintes temas: efeitos anti colinérgicos de anti psicóti cos; distúrbios do movimento; anti psicóticostípicos e atípicos; polifarmácia de anti psicóti cos; uso crônico e descontinuação de anti colinérgicos. O anti psicóti co em uso e a associação desses fármacos podem influenciar na prescrição de medicações anti colinérgicas e no aparecimento de sintomas extrapiramidais. Antes de iniciar o uso de uma medicação anti colinérgica, é importante que o clínico considere trocar o anti psicóti co em uso ou reduzir sua dose. A necessidade de uso de medicações anti colinérgicas deve ser revisada periodicamente e, quando possível, sua retirada deve ser realizada de forma gradual. O uso profi láti co desses fármacos é contraindicado, e o uso terapêutico deve ser evitado em idosos e em pacientes com discinesia tardia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Ogino S, Miyamoto S, Miyake N, Yamaguchi N. Benefits and limits of anticholinergic use in schizophrenia: Focusing on its effect on cognitive function. Psychiatry Clin Neurosci. 2014;68: 37-49.

Schoretsanitis G, Haen E, Hiemke C, Gründer G, Stegmann B, Schruers KR, et al. Risperidoneinduced extrapyramidal side effects: is the need for anticholinergics the consequence of high plasma concentrations? Int Clin Psychopharmacol. 2016;31:259-64.

Laoutidis ZG, Luckhaus C. 5-HT2A receptor antagonists for the treatment of neurolepticinduced akathisia: a systematic review and meta-analysis. Int J Neuropsychopharmacol. 2013;17:823-32.

Muench J, Hamer AM. Adverse effects of antipsychotic medications. Am Fam Physician. 2010;81:617-22.

Ozbilen M, Adams CE, Marley J. Anticholinergic effects of oral antipsychotic drugs of typicals versus atypicals over medium- and long-term: systematic review and meta-analysis. Curr Med Chem. 2012;19:5214-8.

Ozbilen M, Adams CE. Systematic overview of cochrane reviews for anticholinergic effects ofantipsychotic drugs. J Clin Psychopharmacol. 2009;29:141-6.

Desmarais JE, Beauclair L, Margolese HC. Anticholinergics in the era of atypical antipsychotics: short-term or long-term treatment? J Psychopharmacol. 2012;26:1167-74.

Desmarais JE, Beauclair L, Annable L, Bélanger MC, Kolivakis TT, Margolese HC. Effects of discontinuing anticholinergic treatment on movement disorders, cognition and psychopathology in patients with schizophrenia. Ther Adv Psychopharmacol. 2014;4:257-67.

Chew ML, Mulsant BH, Pollock BG, Lehman ME, Greenspan A, Mahmoud RA, et al. Anticholinergic activity of 107 medications commonly used by older adults. J Am Geriatr Soc. 2008;56: 1333-41.

Gjerden P, Slørdal L, Bramness JG. The use of antipsychotic and anticholinergic antiparkinson drugs in Norway after the withdrawal of orphenadrine. Br J Clin Pharmacol. 2009;68: 238-42.

Ogino S, Miyamoto S, Tenjin T, Kitajima R, Ojima K, Miyake N, et al. Effects of discontinuation of long-term biperiden use on cognitive function and quality of life in schizophrenia. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2011;35:78-83.

Baskak B, Atbasoglu EC, Ozguven HD, Saka MC, Gogus AK. The effectiveness of intramuscular biperiden in acute akathisia: a double-blind, randomized, placebo-controlled study. J Clin Psychopharmacol. 2007;27:289-94.

Peluso MJ, Lewis SW, Barnes TR, Jones PB. Extrapyramidal motor side-effects of first and second-generation antipsychotic drugs. Br J Psychiatry. 2012;200:387-92.

De Hert M, Wampers M, van Winkel R, Peuskens J. Anticholinergic use in hospitalised schizophrenic patients in Belgium. Psychiatry Res. 2007;152:165-72.

Gallego JA, Nielsen J, De Hert M, Kane JM, Correll CU. Safety and tolerability of antipsychotic polypharmacy. Expert Opin Drug Saf. 2013;11:527-42.

Shinfuku M, Uchida H, Tsutsumi C, Suzuki T, Watanabe K, Kimura Y, et al. How psychotropic polypharmacy in schizophrenia begins: a longitudinal perspecti ve. Pharmacopsychiatry. 2012;45:133-7.

Gallego JA, Bonetti J, Zhang J, Kane JM, Correll CU. Prevalence and correlates of anti psychoti c polypharmacy: a systemati c review and metaregression of global and regional trends from the 1970s to 2009. Schizophr Res. 2012;138:18-28.

Ghio L, Natt a W, Gotelli S, Ferrannini L; Research Group. Anti psychoti c uti lisati on and polypharmacy in Italian residenti al faciliti es: a survey. Epidemiol Psychiatr Sci. 2011;20:171-9.

Megna JL, Kunwar AR, Mahlotra K, Sauro MD, Devitt PJ, Rashid A. A study of polypharmacy with second generati on anti psychoti cs in pati ents with severe mental illness. J Psychiatr Pract. 2007;13:129-37.

Konti s D, Theochari E, Kleisas S, Kalogerakou S, Andreopoulou A, Psaras R, et al. Doubtf ul associati on of anti psychoti c polypharmacy and high dosage with cogniti on in chronic schizophrenia. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2010;34:1333-41.

Lerma-Carrillo I, de Pablo Brühlmann S, del Pozo ML, Pascual-Pinazo F, Molina JD, Baca-García E. Anti psychoti c polypharmacy in pati ents with schizophrenia in a brief hospitalizati on unit. Clin Neuropharmacol. 2008;31:319-32.

Adesola A, Anozie I, Erohubie P, James B. Prevalence and correlates of “high dose” anti psychoti c prescribing: Findings from a hospital audit. Ann Med Health Sci Res. 2013;3:62-6.

Chakos MH, Glick ID, Miller AL, Hamner MB, Miller DD, Patel JK, et al. Baseline use of concomitant psychotropic medicati ons to treat schizophrenia in the CATIE trial. Psychiatr Serv. 2006;57:1094-101.

Kim HY, Lee HW, Jung SH, Kang MH, Bae JN, Lee JS, et al. Prescripti on patt erns for pati ents with schizophrenia in Korea: a focus on anti psychoti c polypharmacy. Clin Psychopharmacol Neurosci. 2014;12:128-36.

Downloads

Publicado

2017-06-30

Como Citar

1.
Kagan S, Ortiz BB, Malbergier A, Furtado AGF, Rahe BB. Será que as medicações anticolinérgicas estão sendo bem utilizadas? uma revisão sistemática. Debates em Psiquiatria [Internet]. 30º de junho de 2017 [citado 25º de abril de 2024];7(3):13-8. Disponível em: https://revistardp.org.br/revista/article/view/90

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Plaudit

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)