AS DEFINIÇÕES DE MUSEU E A RELAÇÃO COM A EDUCAÇÃO MUSEAL EM DISSERTAÇÕES E TESES BRASILEIRAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24065/2237-9460.2021v11n1ID1536

Palavras-chave:

Educação em museus, Práticas museais, Ações educativas museais

Resumo

Este artigo objetiva mapear e analisar as mudanças nas definições de museu no Brasil e como estas se relacionam com a educação museal a partir da análise da produção científica brasileira. Esta é uma pesquisa qualitativa bibliográfica. Os dados foram constituídos a partir do Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, no período de 1987 a 2017, em intervalos de dez anos, e explorados por meio da Análise de Conteúdo. Os resultados mostram que as definições de museu mudaram ao longo do tempo, passando a valorizar mais as práticas educativas. Entretanto, mais da metade das pesquisas não exibe uma definição direta de museu. A falta de clareza conceitual sobre educação museal pode contribuir para que tendências pedagógicas menos críticas aconteçam, comprometendo as potencialidades educativas destas instituições.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carla Krupczak, Universidade Federal do Paraná

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Paraná, Brasil. ORCID: http://orcid.org/0000-0003-0692-2789. E-mail: carlak.quim@gmail.com

Joanez Aparecida Aires, Universidade Federal do Paraná

Doutora em Educação Científica e Tecnológica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Paraná, Brasil. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-2925-0826. E-mail: joanez.ufpr@gmail.com

Camila Silveira, Universidade Federal do Paraná

Doutora em Educação para a Ciência pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp/Bauru). Professora do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Paraná, Brasil. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-6261-1662. E-mail: camilasilveira@ufpr.br

Referências

ALMEIDA, P.; MARTÍNEZ, A. M. As pesquisas sobre aprendizagem em museus: uma análise sob a ótica dos estudos da subjetividade na perspectiva histórico-cultural. Ciência & Educação, Bauru, v. 20, n. 3, p. 721-737, 2014.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa: Edições 70, 2004.

BRASIL. Lei nº 11.904 de janeiro de 2009. Institui o Estatuto de Museus e dá outras providências. Brasília, DF, 14 jan. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11904.htm. Acesso em: 12 fev. 2020.

BROWN, K., MAIRESSE, F. The definition of the museum through its social role. Curator: The Museum Journal, v. 61, n. 4, p. 525-539, 2018.

CAZELLI, S. Ciência, Cultura, Museus, Jovens e Escolas: quais as relações? 2005. 260 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: http://www.fiocruz.br/brasiliana/media/tese_sibelecazelli.pdf. Acesso em 16 fev. 2020.

CAZELLI, S.; VALENTE, M. E. Incursões sobre os termos e conceitos da educação museal. Revista Docência e Cibercultura, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 18-40, maio/ago. 2019.

CHIN, C. C. Museum experience – a resource for science teacher education. International Journal of Science and Mathematics Education, v. 2, p. 63-90, 2004.

CURY, M. X. Educação em museus: panorama, dilemas e algumas ponderações. Ensino Em Re-vista, v. 20, n. 1, p. 13-28, jan./jun. 2013.

FALK, J. H. Contextualizing Falk's Identity-Related Visitor Motivation Model, Visitor Studies, v. 14, n. 2, p. 141-157, 2011.

FALK, J. H. Três questões básicas sobre os visitantes de museus. Ensino Em Re-Vista, v. 20, n. 1, p. 69-82, jan./jun. 2013.

FALK, J. H.; DIERKING, L. D. Recalling the Museum Experience. Journal of Museum Education, v. 20, n. 2, p. 10-13, 1995.

FRANCO, M. I. M. Museus: agentes de inovação e transformação. Cadernos de Sociomuseologia, v. 57, n. 13, p. 13-27, 2019.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002, 176 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (Ibram). Plano Nacional Setorial de Museus 2010/2020. Brasília, DF: MinC/Ibram, 2010. Disponível em: https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2012/03/PSNM-Versao-Web.pdf. Acesso em: 05 nov. 2020.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (Ibram). Caderno da Política Nacional de Educação Museal. Brasília, DF: Ibram, 2018. Disponível em: https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2018/06/Caderno-da-PNEM.pdf. Acesso em: 05 nov. 2020.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (Ibram). Cadastro Nacional de Museus. Disponível em: https://www.museus.gov.br/acessoainformacao/acoes-e-programas/cadastro-nacional-de-museus/. Acesso em: 31 dez. 2020.

INTERNATIONAL CONCIL OF MUSEUMS (ICOM). Disponível em: https://icom.museum/en/resources/standards-guidelines/museum-definition/. Acesso em: 12 fev. 2020.

MACMANUS, P. Educação em museus: pesquisas e prática. São Paulo: FEUSP, 2013.

MARANDINO, M. (Org.). Educação em Museus: a mediação em foco. São Paulo, SP: Geenf/FEUSP, 2008.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIAS, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES (MCTIC). Recursos humanos – indicadores sobre o ensino de pós-graduação. 2019. Disponível em: https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/Recursos_Humanos/RH_3.5.5.html. Acesso em: 19 fev. 2020.

OLIVEIRA, G. C. G. et al. Visitas guiadas ao museu nacional: interações e impressões de estudantes da educação básica. Ciência & Educação, Bauru, v. 20, n. 1, p. 227-242, 2014.

SARDELICH, M. E. Desafios contemporâneos para a educação museal. Interfaces da Educação, Paranaíba, v. 8, n. 23, p. 182-207, 2017.

SIDONE, O. J. G.; HADDAD, E. A.; MENA-CHALCO, J. P. A ciência nas regiões brasileiras: evolução da produção e das redes de colaboração científica. Transinformação, Campinas, v. 28, n. 1, p.15-31, jan./abr. 2016.

SOUZA, V. M.; SILVA, A. M. M. A experiência museal sob a perspectiva do Modelo Contextual de Aprendizagem: uma compreensão a partir das memórias de longo prazo dos visitantes. Indagatio Didactica, Aveiro, v. 8, n. 2, p. 78-93, 2016.

TRAINER, L.; STEELE-INAMA, M.; CHRISTOPHER, A. Uncovering Visitor Identity: a citywide utilization of the Falk Visitor-Identity Model. Journal of Museum Education, v. 37, n. 1, p. 101-114, 2012.

TRAN, L. U.; GUPTA, P.; BADER, D. Redefining Professional Learning for Museum Education. Journal of Museum Education, v. 44, n. 2, p. 135-146, 2019.

Downloads

Publicado

2021-03-25

Como Citar

KRUPCZAK, C. .; AIRES, J. A. .; SILVEIRA, C. . AS DEFINIÇÕES DE MUSEU E A RELAÇÃO COM A EDUCAÇÃO MUSEAL EM DISSERTAÇÕES E TESES BRASILEIRAS. Revista Exitus, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e020132, 2021. DOI: 10.24065/2237-9460.2021v11n1ID1536. Disponível em: https://portaldeperiodicos.ufopa.edu.br/index.php/revistaexitus/article/view/1536. Acesso em: 22 maio. 2024.

Edição

v. 11 (2021)

Seção

Artigos

Licença

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Declaro que o trabalho apresentado é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Assim, concordo que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Editora da Revista Exitus, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação impresso ou eletrônico, sem ser citada a fonte. Declaro, ainda, estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (Nº 9.610, de 19/02/1998).