Plotino e o problema das origens na metafísica subjetivo-objetiva

Autores

  • Humberto Schubert Coelho Professor Adjunto da Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2016.35884

Palavras-chave:

intelecto, alma, unidade, mal, Deus

Resumo

plenamente ciente de que a metafísica tem de ser um discurso sobre homem e natureza, e que, se este discurso quiser remontar às causas últimas tem de lidar com a unidade sistemática de ambas as esferas, Plotino se empenha em reconstituir a ordem lógica da história do mundo. Isso evidencia o quão impróprios são os modelos de ciência baseados em uma perspectiva puramente exterior sobre “coisas”, os quais condenam o homem a uma alienação fáustica. Embora respeitáveis, os esforços no sentido de uma concentração unilateral sobre princípios internos tampouco produzem verdadeira sabedoria, já que a constituição finita e mundana do ser humano torna obrigatórias as experiências do mal e do nada. Este artigo pretende enfatizar, então, os elementos plotinianos que mais tarde se tornariam linhas mestras de expressões neoplatônicas na renascença, no romantismo e no idealismo.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Humberto Schubert Coelho, Professor Adjunto da Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutor em Filosofia. Professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora-MG

Referências

BEIERWALTES, Werner. Platonisme et Idéalisme. Paris : Vrin, 2000.

CAMPOLINA MARTINS, A. H. A alma como princípio de liberdade e o infinito em Plotino. Numen 7, n. 2 (Ago-Dez 2004) p.13-25.

CHARRUE, Jean-Michel. Plotin lecteur de Platon. Paris: Les Belles Lettres, 1993.

COELHO, H. S. Livre-arbítrio e sistema: conflitos e conciliações em Böhme e Goethe. Juiz de Fora: UFJF, 2012. Tese de doutorado defendida na Universidade Federal de Juiz de Fora, Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião, 2012.

FERRATER MORA, J. Diccionario de Filosofía. Buenos Aires: Sudamericana, 1964.

FINCK, F. Platons Begründung der Seele im absoluten Denken. Berlin: Walter de Gruyter, 2007.

GOETHE, J. W. Faust: Gesamtausgabe. Leipzig: Insel ,1887.

GOMES, R. V. ““Esoterismo” e conhecimento em Plotino.” Kínesis 4, n. 07 (Julho 2012), p. 134-149.

HADOT, Pierre. Plotin au la simplicité du regard. Paris : Études Augustiniennes, 1989.

KOCH, F. Goethe und Plotin. Leipzig: J.J. Weber, 1925.

MESQUITA, A. P. Platão e o Problema da Existência. Lisboa: Centro de Filosofia, 2003.

NARBONNE, Jean-Marc. La Métaphysique de Plotin. Paris : Librairie Philosophique J. Vrin. 1994.

NATORP, P. Platos Ideenlehre: Eine Einführung in den Idealismus. Leipzig: Dürr’schen, 1903.

PLOTINUS. The Enneads. Traduzido por Stephen McKenna. London: Faber and Faber, 1930.

REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. Vol. 1. São Paulo: Paulus, 1990.

SCHAEFFLER, R. Die Struktur der Geschichtzeit. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1963.

SCHMITZ, H. Die Ideenlehre des Aristoteles – Ontologie, noologie, theologie. Bonn: Bouvier Verlag Herbert Grundmann, 1985.

THIEL, D. Die Philosophie des Xenokrates im Kontext der alten Akademie. Münschen-Leipzig: K. G. Saur, 2006.

ULLMAN, R. “O homem e a liberdade em Plotino.” Teocomunicação 38, n. 160 (Maio-Ago 2008), p. 252-269.

WATSON, J. M. Aristotle’s Criticisms of Plato. London: Oxford University Press, 1909.

SZLEZÁK, Thomas Alexander. Platão e Aristóteles na doutrina do nous de Plotino. São Paulo: Paulus, 2010.

ZELLER, E. Die Philosophie der Griechen: in ihrer geschichtlichen Entwicklung. Hrsg. Eduard Wellman. Leipzig: Reisland, 1923.

Arquivos adicionais

Publicado

2017-12-20

Como Citar

Coelho, H. S. (2017). Plotino e o problema das origens na metafísica subjetivo-objetiva. Aufklärung: Revista De Filosofia, 4(3), p.181–190. https://doi.org/10.18012/arf.2016.35884