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Fatores que influenciam o aluno na escolha da especialidade médica

Factors that influence the student's choice of medical specialty

Resumos

A escolha da especialidade define a carreira profissional de um médico. Pesquisas que visem analisar os fatores que impulsionam os alunos nessa decisão são importantes para entendermos os anseios dos estudantes e planejar estratégias educacionais correspondentes à necessidade do sistema de saúde brasileiro. O presente estudo analisou os fatores que influenciam a escolha da especialidade, correlacionando-os ao ano letivo e com aspectos socioeconômicos dos estudantes de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) . Trata-se de um estudo transversal, realizado com 456 alunos do primeiro ao sexto ano da FCMSCSP que responderam a um questionário, divididos em três grupos: primeiro ciclo (primeiro e segundo anos) , segundo ciclo (terceiro e quarto anos) e terceiro ciclo (quinto e sexto anos) . Os fatores estatisticamente significantes na comparação entre os ciclos foram: horas de trabalho, qualidade de vida, tempo livre para lazer, enriquecimento precoce, recompensa financeira, relação médico-paciente, conteúdo cognitivo da especialidade, conselhos de amigos e de parentes. Qualidade de vida, retorno financeiro e influências de terceiros foram os mais importantes para a escolha das especialidades.

Medicina; Escolha da Profissão; Educação Médica; Estudantes


The choice of specialty defines the career of a doctor. Studies to analyze the factors that contribute to the student's decision are important to reveal the students' expectations and to plan strategies relevant to the needs of the Brazilian health system. The present study analyzed the factors that influence the choice of specialty correlating them to the academic year and socioeconomic aspects of medical students of the Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) . This is a cross-sectional study with 456 first to sixth year students at FCMSCSP who answered a questionnaire and were divided into 3 groups: First cycle (first and second years) , second cycle (third and fourth years) and third (fifth and sixth years) . Statistically significant factors in comparisons between the cycles were: hours of work, quality of life, free time for leisure activities, early enrichment, financial reward, doctor-patient relationship, the cognitive content of the specialty, advice from friends and relatives. Quality of life, financial return and third-party influences were shown to be the most important factors in the choice of specialties.

Medicine; Career Choice; Medical Education; Students


PESQUISA

Fatores que influenciam o aluno na escolha da especialidade médica

Factors that influence the student's choice of medical specialty

Paulo Roberto Corsi; Érika Lopes Fernandes; Priscila Marques Intelizano; Carla Carolina Borges Montagnini; Felipe Iankelevich Baracat; Manoel Carlos Sampaio de Almeida Ribeiro

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Paulo Roberto Corsi Rua Antenor de Freitas, 140 Parque dos Príncipes – São Paulo CEP.: 05396-010 – SP E-mail: r.corsi@terra.com.br

RESUMO

A escolha da especialidade define a carreira profissional de um médico. Pesquisas que visem analisar os fatores que impulsionam os alunos nessa decisão são importantes para entendermos os anseios dos estudantes e planejar estratégias educacionais correspondentes à necessidade do sistema de saúde brasileiro. O presente estudo analisou os fatores que influenciam a escolha da especialidade, correlacionando-os ao ano letivo e com aspectos socioeconômicos dos estudantes de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) . Trata-se de um estudo transversal, realizado com 456 alunos do primeiro ao sexto ano da FCMSCSP que responderam a um questionário, divididos em três grupos: primeiro ciclo (primeiro e segundo anos) , segundo ciclo (terceiro e quarto anos) e terceiro ciclo (quinto e sexto anos) . Os fatores estatisticamente significantes na comparação entre os ciclos foram: horas de trabalho, qualidade de vida, tempo livre para lazer, enriquecimento precoce, recompensa financeira, relação médico-paciente, conteúdo cognitivo da especialidade, conselhos de amigos e de parentes. Qualidade de vida, retorno financeiro e influências de terceiros foram os mais importantes para a escolha das especialidades.

Palavras-chave: Medicina; Escolha da Profissão; Educação Médica; Estudantes

ABSTRACT

The choice of specialty defines the career of a doctor. Studies to analyze the factors that contribute to the student's decision are important to reveal the students' expectations and to plan strategies relevant to the needs of the Brazilian health system. The present study analyzed the factors that influence the choice of specialty correlating them to the academic year and socioeconomic aspects of medical students of the Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) . This is a cross-sectional study with 456 first to sixth year students at FCMSCSP who answered a questionnaire and were divided into 3 groups: First cycle (first and second years) , second cycle (third and fourth years) and third (fifth and sixth years) . Statistically significant factors in comparisons between the cycles were: hours of work, quality of life, free time for leisure activities, early enrichment, financial reward, doctor-patient relationship, the cognitive content of the specialty, advice from friends and relatives. Quality of life, financial return and third-party influences were shown to be the most important factors in the choice of specialties.

Keywords: Medicine; Career Choice; Medical Education; Students

INTRODUÇÃO

O exercício profissional do médico é heterogêneo devido ao grande número de especialidades e subespecialidades existentes, que se caracterizam por diferenças na área de atuação, no ambiente de trabalho e na variedade dos pacientes1-4.

O Conselho Federal de Medicina, em 2011, reconheceu 53 especialidades médicas, que devem contar com no mínimo dois anos de formação, e 52 áreas de atuação, com no mínimo um ano de formação5.

A escolha da especialidade é uma importante decisão que define a carreira profissional de um médico. Um aluno de Medicina geralmente faz reflexões a respeito de sua personalidade, estilo de vida, valores pessoais e diversos interesses no caminho de tomar essa decisão6-12.

Diversos estudos têm sido realizados com a proposta de analisar os fatores que influenciam esta escolha. Quanto à personalidade, estudos anteriores mostraram que perfis psicológicos identificados na admissão ou durante o curso de Medicina podem ser preditores ou estar associados à especialidade escolhida pelo aluno13-25.

A partir da década de 1990, muitos estudos têm levado em consideração fatores como estilo de vida, recompensa financeira, desejo de prestígio social e efeito de mentores4,22. Muitos desses fatores podem ter modificado este cenário suficientemente para tornar as características psicológicas um fator menos importante na escolha de uma especialidade4. Fatores relacionados ao estilo de vida, tais como horas de trabalho, tempo livre para atividades e frequência de plantões noturnos, têm sido apontados como importantes na escolha da especialidade10,23,24.

Esse tema tem sido amplamente abordado, principalmente por faculdades norte-americanas e europeias, uma vez que as características e a distribuição da mão de obra médica nas especialidades afetam a manutenção e a evolução de qualquer sistema de saúde25.

No Brasil, existem poucos estudos sobre esse tema. Um estudo com alunos do último ano de oito escolas médicas do Estado de São Paulo verificou que quase a metade dos estudantes, ao ingressar na faculdade, já havia pensado sobre a especialidade. Para um quarto destes, a primeira escolha prevaleceu. Psiquiatria e Cirurgia foram as escolhas com maior porcentagem de estabilidade. Homens valorizaram o dinheiro, resultados terapêuticos imediatos e ter um emprego em instituições particulares. Mulheres atribuíram maior importância a uma carreira acadêmica e ter uma agenda mais regular. Quase a metade admitiu ter tido dificuldade na escolha da especialidade26.

Outro estudo encontrou que no Brasil ainda há uma significativa diferença entre homens e mulheres na escolha das especialidades. Mulheres tendem para Pediatria, e homens, para Cirurgia e Ortopedia. Houve declínio de 1979 a 1984 na escolha de Clínica Médica em ambos os sexos e aumento na escolha de Anestesiologia entre homens e Radiologia entre mulheres27.

Um estudo que comparou razões de escolha da especialidade entre residentes de Clínica Médica e Cirurgia mostrou que as principais razões da Clínica foram contato com o paciente, gosto por atividades intelectuais e a abrangência da área. Já entre a Cirurgia, as principais razões de escolha foram o tipo de intervenção prática e objetiva, o gosto por atividades manuais e os resultados rápidos e concretos que a área proporciona. Características de personalidade influenciaram ambas as áreas, sem diferença estatística. O momento da escolha difere nas duas áreas, sendo que cirurgiões decidem optar pela especialidade mais precocemente, antes mesmo de ingressar na faculdade, enquanto clínicos decidem no internato (quinto e sexto anos) 28. Em geral, os resultados obtidos no Brasil reafirmam estudos realizados em outros países com características sociais e educacionais bastante diversas28-38.

Visto o pequeno número de estudos brasileiros a respeito da escolha das especialidades médicas, tornam-se necessárias pesquisas nessa área para que possamos entender os anseios dos estudantes acerca da especialidade e planejar estratégias educacionais correspondentes à necessidade do sistema de saúde brasileiro.

OBJETIVO

O presente estudo pretende investigar os fatores que influenciam a escolha da especialidade, correlacionando-os ao ano letivo e com aspectos socioeconômicos dos estudantes de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, realizado com os alunos do primeiro ao sexto ano da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Responderam ao questionário proposto 456 alunos durante o ano de 2011, após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

Instrumento

Os alunos responderam voluntariamente a um questionário com questões objetivas sobre dados socioeconômicos, uma questão aberta para ser informada a especialidade médica pretendida e uma lista com diversos fatores, cujos impactos

o aluno indicou na escolha da especialidade, variando de 1 a 5, sendo 1 "nada importante" e 5 "muito importante". Os fatores pesquisados fazem parte das esferas da qualidade de vida, retorno financeiro e profissional proporcionado pela especialidade, aspectos do dia a dia da carreira, relação médico-paciente e efeito de outras pessoas, como professores, amigos, médicos e parentes.

Análise estatística

As variáveis foram analisadas por meio dos testes do qui-quadrado e de Kruskal Wallis, utilizando um nível de significância de 0,05. Foram calculados intervalos de confiança de 95% para as estimativas produzidas. Utilizou-se o programa SPSSv17 para o processamento e análise dos dados.

RESULTADOS

A amostra da pesquisa é composta por 91 (20%) alunos do primeiro ano, 98 (21,5%) do segundo ano, 68 (14,9%) do terceiro ano, 90 (19,7%) do quarto ano, 56 (12,3%) do quinto ano e 53 (11,6%) alunos do sexto ano. A porcentagem de alunos do sexo feminino foi 46,5%, e do sexo masculino, 53,5%. Os alunos foram divididos em três grupos: primeiro ciclo (primeiro e segundo anos) , segundo ciclo (terceiro e quarto anos) e terceiro ciclo (quinto e sexto anos) . O primeiro ciclo correspondeu a 41,4% dos alunos, o segundo ciclo a 34,6% e o terceiro ciclo a 23,9% dos alunos. A faixa etária da amostra variou de 18 a 43 anos, sendo 62,3% entre 21 e 24 anos.

A renda familiar mensal foi informada por 91% dos alunos e, dentre estes, foi visto que: 0,5% possuem renda menor que 1 mil reais; 16,6% renda entre 1 mil e 5 mil reais; 19,8% renda entre 5 mil e 10 mil reais; 17,1% renda entre 10 mil e 15 mil reais; 18,6% renda entre 15 mil e 20 mil reais; 15,7% renda entre 20 mil e 30 mil reais; e 11,8% renda maior que 30 mil reais. Quanto a bolsa de estudos, 24,3% dos alunos declararam possuí-la. A renda familiar foi analisada separadamente, de acordo com os seis grupos citados, para avaliar a influência na escolha da especialidade. Não houve diferença na escolha segundo o fator renda.

Os alunos cujo pai é médico correspondem a 30,5% e cuja mãe é médica, a 13,4%. A presença de algum parente médico (exceto pai, mãe e irmãos) foi observada em 43,6% dos alunos.

Relataram experiência extrafaculdade, como instrumentador em cirurgias, 164 (36%) alunos entrevistados.

Em relação à escolha da especialidade, 37,1% dos alunos ainda não haviam escolhido a especialidade, 43,6% escolheram especialidades gerais (como Cirurgia Geral, Pediatria, Clinica Médica e Ginecologia e Obstetrícia) e 19,3% especialidades específicas (Tabela 1) .

Os fatores relacionados à escolha da especialidade foram avaliados pelos alunos quanto a sua importância na influência e correlacionados com o ciclo a que o aluno pertence. Foram positivamente avaliados quanto a sua influência na escolha da especialidade e estatisticamente significantes na comparação entre os ciclos, sendo mais valorizados: conselhos de amigos, lazer, interação com outros médicos, conselhos de parentes, estilo de vida durante a residência, admiração a um mentor, departamento renomado e foco em saúde pública. Destes, os mais importantes para o primeiro ciclo são estilo de vida e foco em saúde pública. Os demais são mais relevantes para o terceiro ciclo (Tabela 2).

Segundo o critério possuir bolsa ou não de estudo, os fatores mais relevantes, em ordem decrescente, na escolha da especialidade foram: faturamento precoce, estilo de vida durante a residência, duração da residência, foco em saúde pública e qualidade de vida. Dentre esses, os mais relevantes para os não bolsistas foram: faturamento precoce, estilo de vida durante a residência, foco em saúde pública e qualidade de vida. Para os bolsistas, o mais relevante foi a duração da residência (Tabela 3).

Quanto ao sexo, os fatores mais relevantes para os homens foram: foco em emergência, oportunidade de construir carreira, recompensa financeira, conteúdo intelectual da especialidade, departamento renomado, prestígio e diversidade de pacientes. Já para as mulheres foram: horas de trabalho, qualidade de vida, tempo para se dedicar à família, pressão do dia a dia, distribuição por sexo da especialidade, compreender o paciente como um todo (biopsicossocial), foco em saúde pública, relação médico-paciente, estilo de vida durante a residência (Tabela 4).

No fator renda, os critérios mais relevantes foram dificuldade para entrar na residência, estilo de vida durante a residência e faturamento precoce, sendo o último mais relevante quanto menor a renda (Tabela 5).

Os alunos que têm pais médicos dão maior relevância a conselho dos parentes; já os que não possuem pais médicos acreditam ser mais importante foco em saúde pública, faturamento precoce, interesse em relação a longo prazo com o paciente, diversidade de pacientes, tempo para lazer, compreender o paciente como um todo (biopsicossocial) e a relação médico-paciente.

Na escolha da especialidade médica, os alunos foram divididos em três grupos. Os que ainda não haviam escolhido a especialidade, os que haviam escolhido uma especialidade geral (Cirurgia Geral, Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia) e os que escolheram uma especialidade específica. Os fatores com maior significância estatística para o grupo que ainda não havia escolhido a especialidade foram compreender o paciente como um todo (biopsicossocial), pressão do dia a dia e foco em saúde pública. Para os que escolheram uma especialidade geral, os mais relevantes foram interesse em relação a longo prazo com o paciente, relação médico-paciente e prestígio. Para os que escolheram uma especialidade específica, foram horas de trabalho, qualidade de vida, tempo para o lazer, tempo para a família, recompensa financeira, departamento renomado, conselho de amigos e conselho de parentes.

DISCUSSÃO

A escolha de uma especialidade tende a dar resposta às características pessoais do estudante de Medicina, ou seja, os estudantes optam devido às percepções preexistentes baseadas na imagem que analisaram e interpretaram sobre determinada especialidade ao longo da sua vida pessoal e acadêmica39.

Neste estudo, observando que a maioria dos estudantes aponta a qualidade de vida e a recompensa financeira como dois dos principais motivos para a decisão da especialidade, é indiscutível que o estilo de vida se mostrou como prioridade. Isto pode ser devido a muitos determinantes que comprometem o estilo de vida de um médico, desde o início de sua formação com o ingresso na faculdade de Medicina, como durante o internato e a residência médica, até o dia a dia de um médico com maior tempo de formação.

Outra questão relevante é a oportunidade de emprego, que se mostrou como um dos fatores relevantes na escolha da especialidade. Historicamente, a profissão médica sempre foi vista com prestígio e respeito, principalmente pela relação existente entre o médico e o paciente. Porém, atualmente, os médicos estão sendo submetidos às regras impostas pelos sistemas de assistência à saúde (por exemplo, ritmo intenso de trabalho, instabilidade no emprego, jornadas prolongadas, salários não satisfatórios, pressão diante da obrigação de aliviar a dor dos pacientes e ter a morte como situação rotineira) , o que acarreta desgaste físico e psicológico40. Essa preocupação é evidente em nosso estudo desde os primeiros anos da faculdade, mostrando-se como o primeiro fator de influência na escolha da especialidade entre os alunos do primeiro e segundo anos.

Desta forma, os resultados obtidos neste estudo refletem que a difícil decisão na escolha de uma especialidade é influenciada por fatores que determinam principalmente o estilo de vida médico e a preocupação com a oportunidade de emprego.

CONCLUSÃO

Os resultados obtidos levam à análise de que, para este grupo de alunos do curso de Medicina, os fatores relacionados a qualidade de vida, retorno financeiro, relação médico-paciente e influências de terceiros foram os mais importantes na escolha das especialidades. O perfil financeiro do aluno não influenciou nessa escolha.

Trabalho realizado na disciplina de Técnica Cirúrgica do Departamento de Cirurgia da FCMSCSP.

O projeto de pesquisa foi aprovado pela comissão de ética: Projeto nº 368/10. Entrada no CEP: 06/10/10.

CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES

Paulo Roberto Corsi: idealizador do estudo, coletou dados, contribuiu com a escrita do artigo científico. Erika Lopes Fernandes e Priscila Intelizano:realizaram revisão bibliográfica, realizaram análise estatística, escreveram a versão inicial do artigo científico, coletaram dados, tabelaram os dados, contribuíram com a escrita do artigo científico, revisaram a versão inicial do artigo, revisaram e escreveram a versão final do artigo, revisaram a análise estatística dos dados coletados. Manoel: orientou na metodologia científica, orientou na aplicação da estatística, revisou a analise estatística dos dados coletados.

CONFLITO DE INTERESSES

Declarou não haver.

Recebido em: 17/03/2013

Reencaminhado em: 22/07/2013

Reencaminhado em: 29/11/2013

Aprovado em: 19/01/2014

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  • Endereço para correspondência

    Paulo Roberto Corsi
    Rua Antenor de Freitas, 140
    Parque dos Príncipes – São Paulo
    CEP.: 05396-010 – SP
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      26 Ago 2014
    • Data do Fascículo
      Jun 2014

    Histórico

    • Aceito
      19 Jan 2014
    • Recebido
      17 Mar 2013
    • Revisado
      22 Jul 2013
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