Mapeamento participativo aplicado à Estratégia de Saúde da Família: a experiência em Santo Amaro - BA

Conteúdo do artigo principal

Isabel Cristina Moraes
http://orcid.org/0000-0002-5686-0208
Shanti Nitya Marengo
https://orcid.org/0000-0003-0669-0500
Gustavo Luís Schacht
https://orcid.org/0000-0002-7536-6280
Débora Santos Passos
https://orcid.org/0000-0003-2979-859X

Resumo

O acesso a geolocalização em smartphones e tablets tem apontado seu uso potencial no levantamento de dados georreferenciados e como ferramenta de mapeamento replicável por usuários não-especialistas. O objetivo deste artigo é apresentar a experiência do mapeamento participativo dos territórios de ação das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Santo Amaro (BA) com recursos de GPS/GNSS (Global Positioning System/Global Navigation Satellite System) e imagem de satélite do Google Earth, no aplicativo Map Marker. Neste trabalho, são apresentados os aspectos da percepção e transcrição dos elementos espaciais no processo de digitalização e atualização cartográfica destes territórios.  Foram realizadas oficinas nas 17 unidades básicas de saúde (UBS) a fim de cartografar os territórios de atuação – microáreas - dos 104 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Das 17 UBS, 10 apresentavam algum produto cartográfico. Esses produtos pré-existentes contribuíram para a correspondência espacial entre o território e as imagens de satélite. A identificação das microáreas foi satisfatória, porém, o maior desafio foi a vetorização das poligonais. Apesar disso, em cada equipe houve ao menos um profissional que se destacou e foi capaz de reproduzir a metodologia sem um mediador. O uso das tecnologias geoespaciais aplicadas ao mapeamento em saúde mostrou-se viável para a área de estudo, e reforça a importância do treinamento para a autonomia dos atores sociais e a democratização desses recursos nas estratégias em saúde pública. A obtenção destas bases cartográficas deve subsidiar à espacialização de doenças registradas na atenção básica bem como à gestão de saúde do município.

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Detalhes do artigo

Como Citar
MORAES, I. C.; MARENGO, S. N. .; SCHACHT, G. L.; PASSOS, D. S. . Mapeamento participativo aplicado à Estratégia de Saúde da Família: a experiência em Santo Amaro - BA . Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 73, n. 2, p. 646–665, 2021. DOI: 10.14393/rbcv73n2-56943. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/56943. Acesso em: 26 maio. 2024.
Seção
Artigos Originais
Biografia do Autor

Isabel Cristina Moraes, UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Campus de Cruz das Almas - BA

Geógrafa, Doutora em Geografia, Docente na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB/Cruz das Almas, com ênfase em Geotecnologias e análise ambiental.

Shanti Nitya Marengo, UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Campus de Cruz das Almas - BA

Possui graduação em Bacharelado e Licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (2000-2005), mais mestrado (2008-2010) e doutorado (2011-2015) em Geografia pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana, Geografia Regional, Epistemologia da Geografia e Ensino de Geografia. Atualmente trabalha na Geografia Econômica e na Geografia Ambiental, atuando junto aos seguintes temas: lugar, território, paisagem, região, conflitos socioambientais, meio ambiente, mineração e pequenas cidades.

Gustavo Luís Schacht, UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Campus de Cruz das Almas - BA

Professor Adjunto A da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Doutor em Geografia Física pela Universidade de São Paulo - USP, onde estudou as Unidades de Conservação privadas (RPPN) do estado do Paraná e as Reservas Privadas de Custódia de Território na Catalunha, Espanha. Mestre em Geografia pela UNESP (Universidade Estadual Paulista - Organização do Espaço - Análise Ambiental) - Campus Rio Claro, atuando na proposição de uma classificação de um encrave vegetacional. Formado em Geografia (Bacharelado e Licenciatura) pela UEM (Universidade Estadual de Maringá - Paraná) com ênfase nos estudos de Formações Relictuais de Vegetação (Araucária), Paleovegetação e Áreas de Tensão Ecológica. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geografia Física, Biogeografia e Meio Ambiente.

Débora Santos Passos, UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Campus de Cruz das Almas - BA

Estudante de Graduação do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB.