Caminhar, olhar e perceber: Educação para conhecer e conservar o cerrado

Autores

  • Kele Conceição Alves Vilaça Amaral Universidade do Estado de Minas Gerais
  • Karla Cunha Pádua Universidade do Estado de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.14295/remea.v36i2.8934

Palavras-chave:

Educação, Saberes tradicionais, Ambiente e Cultura.

Resumo

Neste artigo, apresentamos e discutimos aspectos relacionados à natureza, à cultura e à educação na comunidade Capão do Berto, localizada no município mineiro de Jaboticatubas. Através da observação participante e de entrevistas narrativas, analisamos aspectos que demostram como os saberes tradicionais, que subsistem na comunidade amparados pela cultura oral e pela dupla experiência-sentido, contribuem para o uso equilibrado dos bens naturais e, consequentemente, para a conservação ambiental. Pelas trilhas de saberes e memórias, acompanhamos reflexões sobre a biodiversidade, a percepção ambiental e a cosmovisão que move a estreita relação que os moradores têm com o ambiente do cerrado através de um misto de tradição, crença e consciência ambiental.

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Biografia do Autor

Kele Conceição Alves Vilaça Amaral, Universidade do Estado de Minas Gerais

Mestra em Educação e Pedagoga pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Especialista em Educação Ambiental.

Karla Cunha Pádua, Universidade do Estado de Minas Gerais

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora na Faculdade de Educação (FaE) e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Campus de Belo Horizonte (CBH).

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Publicado

2019-07-20

Como Citar

Alves Vilaça Amaral, K. C., & Cunha Pádua, K. (2019). Caminhar, olhar e perceber: Educação para conhecer e conservar o cerrado. REMEA - Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 36(2), 105–126. https://doi.org/10.14295/remea.v36i2.8934

Edição

Seção

Artigos