CARCINOMA ESPINOCELULAR RETRO-MOLAR AVANÇADO: UM RELATO DE CASO

Autores

  • Sheezara Teles Lira dos Santos Faculdade de Medicina Estácio FMJ
  • Samia Israele Braz do Nascimento Faculdade de Medicina Estácio FMJ
  • Maxsuel Rolim da Costa Faculdade de Medicina Estácio FMJ

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v12i40.1100

Palavras-chave:

Carcinoma Espinocelular, Câncer de pele não melanoma

Resumo

Introdução: O câncer de pele não melanoma é o mais comum no Brasil. Subdivide-se em Carcinoma Basocelular (CBC) e em Carcinoma Espinocelular (CEC). O CEC acomete mais homens e caucasianos. Seus principais fatores de risco são: exposição solar crônica, tabagismo, idade avançada e outros. O CEC tem natureza invasiva e pode evoluir com metástases para linfonodos regionais e órgãos distantes. Os fatores de proteção vão desde a diminuição da exposição solar às vestimentas e sombras artificiais. A conduta depende da localização anatômica, tempo de evolução e seu estadiamento, além das comorbidades que o paciente apresenta. Objetivo: Relatar um caso de uma paciente com Carcinoma Espinocelular retro-molar avançado. Descrição do caso: Trata-se de uma paciente, E. J. F., 64 anos, sexo feminino, admitida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), proveniente do Centro Cirúrgico para Pelveglossomandibulectomia à direita ampliada para a Faringe, com Esvaziamento cervical radical ampliado à direita, Reconstrução com retalho de Peitoral Maior e Traqueostomia por Carcinoma Espinocelular (CEC) retro-molar avançado. O procedimento ocorreu sem intercorrências, sendo necessário realizar apenas dois concentrados de hemácias durante o ato cirúrgico. Pelo Exame Anatomo-Patológico de Congelação, o tumor de boca mede 2,6cm em seu maior eixo, infiltrando mandíbula e dente, e todas as margens cirúrgicas estão livres da neoplasia. É portadora de HAS (em uso regular de Losartana), sem outras patologias. É tabagista. Chega ao serviço de UTI ainda sob efeito residual da anestesia, consciente e orientada, hipocorada, em uso de O2 por Máscara de Venturi a 40%, sem uso de drogas vasoativas e estável hemodinamicamente; com acesso venoso periférico em membro superior esquerdo, onde foi instalado hidratação venosa em BI; em dieta zero. Ferida operatória em região cervical e peitoral direito com curativo oclusivo aparentemente limpos e secos. Possui dreno de sucção dupla via em região cervical e peitoral direito com débito hemático presente apenas na região cervical. Em uso de Clindamicina e Ciprofloxacino. Evolui estável e aguarda alta da UTI. Conclusão: A ocorrência de câncer de pele ainda é uma realidade no Brasil, principalmente nos idosos. Estes têm mais agravantes, pois são portadores de sistema imune deficiente e sofreram as consequências dos fatores ambientais ao longo da vida. O conhecimento dos fatores de risco, além de medidas de proteção é fundamental para reduzir o índice de CEC.

 

 

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Biografia do Autor

Sheezara Teles Lira dos Santos, Faculdade de Medicina Estácio FMJ

 

 

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Publicado

2018-03-10