O trabalho dos agentes de trânsito do município de São Paulo: uma análise ergonômica

Autores

  • Rita Maria de Abreu Gonçalves PMSP; Secretaria Municipal da Saúde; Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Mooca
  • Selma Lancman USP; FM
  • Tatiana Andrade Jardim USP; FM
  • Laerte Idal Sznelwar USP; Escola Politécnica; Departamento de Engenharia de Produção
  • Louis Trudel l´Université de Lava; Département de Réadaptation

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v16i2p82-89

Palavras-chave:

Terapia ocupacional^i1^stendênc, Engenharia humana^i1^snor, Saúde ocupacional, Saúde mental, Trabalho, Ambiente de trabalho

Resumo

OBJETIVO: Analisar diferentes aspectos do trabalho dos agentes de trânsito, colaborando na identificação de fatores geradores de adoecimento, absenteísmo, e aposentadorias precoces e propor alternativas à execução desse trabalho; contribuir na compreensão da relação desgaste e envelhecimento precoce no trabalho e fazer avançar a prática da terapia ocupacional no estudo de situações de trabalho. METODOLOGIA: Análise ergonômica do trabalho (AET) composta das seguintes etapas: análise da demanda e sua reformulação; levantamento e análise de dados de saúde e recursos humanos; escolha e estudo aprofundado de uma situação de trabalho, análise da atividade; formulação e validação de hipóteses; diagnóstico e recomendações. RESULTADOS: Há grande variabilidade das tarefas realizadas numa mesma área e entre regiões; são realizadas muitas tarefas não prescritas, algumas são estratégias operatórias para atenuar a violência a que os agentes estão expostos, como: agressões físicas, verbais e conflitos com os usuários; as comunicações realizadas com a clientela extrapolam a orientação; há desgaste físico pelas tarefas serem realizadas em pé, em deambulação e com adoção de posturas desconfortáveis; a experiência adquirida é fundamental para cumprir a produtividade exigida. DISCUSSÃO: A exposição diária e solitária a diversos fatores de desgaste como situações de violência; exigência de alto índice de produtividade, falta de treinamento e reciclagem são alguns fatores que podem estar causando adoecimentos físico e mental. CONCLUSÃO: os terapeutas ocupacionais em parceria com equipes multiprofissionais ao fazerem uso da AET podem conhecer melhor aspectos do trabalho, propor soluções de caráter preventivo e fazer avançar o campo da saúde e trabalho.

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Publicado

2005-08-01

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Gonçalves, R. M. de A., Lancman, S., Jardim, T. A., Sznelwar, L. I., & Trudel, L. (2005). O trabalho dos agentes de trânsito do município de São Paulo: uma análise ergonômica . Revista De Terapia Ocupacional Da Universidade De São Paulo, 16(2), 82-89. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v16i2p82-89